Para a surpresa dos clubes de tiro, o Exército publicou uma portaria retomando o registro de caçadores, atiradores e colecionadores e as licenças para a compra de arma e munição. Isso dá um fôlego para milhares de clubes de tiro do país, que neste ano, por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revogando decisões do ex-presidente Jair Bolsonaro, provocou a perda de emprego de 43 mil pessoas, segundo a entidade que une esses clubes no Brasil inteiro.
Aliás, o tiro é um esporte que dá prêmios para o Brasil. Agora mesmo na Tailândia [no Campeonato Mundial] a equipe brasileira voltou com medalhas de ouro e prata. Eu não sei o que foi que aconteceu, mas os CACs começaram o ano com o pé direito.
Bolsonaro nas mãos de ex-advogado de Lula
Eu falei sobre o ex-presidente Bolsonaro e, como você sabe, ele foi tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) porque ele chamou, dentro da competência dele, os embaixadores para mostrar preocupações com o processo de votação e de apuração dos votos. O tribunal, por 5 a 2, julgou que ele estava falando mal do processo eleitoral. Ele foi tornado inelegível, segundo o TSE, por usar meios públicos do estado brasileiro, do governo, para fazer isso. O ex-presidente apelou, mas o recurso dele não foi aceito.
Então, agora, ele entrou com um recurso na Suprema Corte. E já foi sorteado o relator. Sabe quem vai relatar o recurso pedindo para anular a condenação de inelegibilidade? O ex-advogado de Lula, hoje ministro do STF, Cristiano Zanin. Eu não preciso fazer nenhum comentário. O fato já se basta.
A aula do Japão sobre como lidar com terremotos
Saindo um pouquinho do Brasil, você viu o terremoto no Japão? 7,6 na Escala Richter, cujo máximo é 9. Foi um terremoto da pesada. Mas você viu os estragos? Foram poucos. Por quê? Porque o Japão se prepara. O país já sofreu um terremoto há pouco tempo, em 2011, que inclusive atingiu a usina nuclear de Fukushima. O terremoto provocou um tsunami. Agora também teve alerta, mas o Japão está preparado. Eu vi cenas em que nem teve apagão de luz. A eletricidade continuou funcionando. Em alguns lugares, mais perto do epicentro, teve apagão de quatro horas.
Eu já experimentei um tremor no Japão. Foi em 1977. Inclusive é uma bela história jornalística. Eu acordei com o terremoto, com tudo estralando dentro de um dos hotéis mais tradicionais de Tóquio. Imediatamente liguei para um amigo brasileiro, que é casado com uma japonesa, e pedi que ele ligasse para o serviço de sismologia, algo que eu não saberia fazer, e pedisse os dados do terremoto. Ele em seguida me passou quanto foi na Escala Richter, quanto tempo durou, se houve danos, etc. No dia seguinte chegava o presidente do Brasil na época, João Figueiredo. Fui para o aeroporto e instruí o câmera a acompanhar os pés do presidente descendo a escada no avião. No momento em que ele tocou o solo japonês a câmera veio para mim e eu entrei dizendo: "quatro horas e meia antes de o presidente brasileiro tocar o solo japonês a terra tremeu em um grau tal, com uma duração tal, etc.".
No fim do dia eu estava no hotel e todos os colegas estavam furiosos comigo porque haviam recebido reprimendas de seus chefes. Eu perguntei por quê. Eles me disseram: "porque você furou a gente". Como assim eu furei com um terremoto? O terremoto foi só para mim? Isso é algo que os estudantes de jornalismo podem pensar a respeito sobre as coberturas jornalísticas.
A valorização do que é nosso
Por fim, eu gostaria de comentar sobre uma onça macho, do zoológico de Brasília, se tornou notícia porque subiu em uma coluna dentro da área em que ela é presa e ficou cara a cara com as pessoas. O nome da onça macho é Peter. Como você sabe, a onça é tipicamente brasileira. Eu fico me perguntando por que do nome estrangeiro. Por que não chamaram de Pedro?
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