Eu estive no Rio esses últimos dias e observei que há muito turista argentino na cidade. Um amigo meu que esteve em Búzios diz que é a mesma coisa. Onde eu fiquei, na Barra da Tijuca, a maior parte da fala que se ouvia nos hotéis era o espanhol com sotaque argentino.
Isso significa que a crise da Argentina ainda não pegou essa classe média que viaja. É bom lembrar que, se a gente quiser atrair turista da Europa e dos Estados Unidos, que tem dólar e euro, é preciso ter um trânsito melhor.
Eu fiquei meio chocado no Rio de Janeiro com o desrespeito em relação a faixa de pedestre, de seta para mudar de direção, o sujeito que trafega à noite de farol apagado ou com as luzes erradas. É bom a gente pensar um pouco nisso em todas as nossas cidades.
Jogos de azar
Foram presas 20 pessoas em Araxá (MG) acusados por jogo de azar. A cidade tem um belo hotel cassino da época em que os cassinos eram permitidos, assim como Quitandinha (RJ), o cassino da Urca no Rio, o cassino que tinha no Posto 6 de Copacabana e tantos outros.
O que eu queria reclamar é da nossa hipocrisia. Como é que a gente prende 20 em Araxá (MG) por jogo de azar e não prende ninguém pela Mega Sena, que também um jogo de azar?
Está escrito na lei de contravenções penais que jogo de azar é todo aquele jogo cujo resultado depende da sorte. Eu queria registrar esse paradoxo que nós vamos precisar resolver.
Terremotos na Ásia
Teve um terremoto no nordeste do Irã neste fim de semana que foi de 5,8 na escala Richter. Mas terremoto maior para o país foi a morte do número dois no poder, o general Qasem Soleimani.
Ele há décadas vinha preparando o crescimento do movimento xiita no Iraque para que o Hezbollah, por exemplo, fosse um estado dentro de um estado no Líbano. Isso já acontece com a Síria e Iêmen.
Os iranianos atacaram a principal refinaria e campos de petróleo na Arábia Saudita, atacaram petroleiros, a embaixada dos Estados Unidos. Por isso os estadunidenses perderam a paciência.
Já por algumas vezes os militares dos Estados Unidos estavam com o dedo no gatilho para atirar no Soleimani. Ele não é general das Forças Armadas regular, ele é general da Força Revolucionária, uma espécie de milícia não oficial.
Qasem Soleimani é uma pessoa que estimula ações clandestinas, que vão crescendo cada vez mais nos países do Oriente Médio, por exemplo. O general não é de um país árabe, e sim persa.
Barack Obama matou Bin Laden no Afeganistão. E agora, depois de muita preparação e planejamento, Donald Trump autorizou um ataque fatal, preciso e cirúrgico que matou esse general dentro de uma guerra não convencional.
Aliás, uma guerra convencional não vai acontecer. O Irã não ganhou guerra, mas já ganhou negociações. Ganharam inclusive dos Estados Unidos. Em vários ataques do Irã os estadunidenses ficaram calados.
O Brasil não vai se meter nisso militarmente, é claro. Já diplomaticamente foi emitido uma nota falando em terrorismo mundial e que apoia a luta contra o terrorismo. Essa é a verdade.
Essa posição brasileira tem rendido uma paz interna, inclusive na Tríplice Fronteira de Foz do Iguaçu, há muitos anos. São acordos não escritos, nem ditos, mas que funcionam. O Brasil não se mete nisso.
O Irã é um mercado para o Brasil. Os Estados Unidos são um grande mercado para o Brasil. Por isso o país adotou a posição correta, agora é esperar os próximos passos. A gente tem visto retaliações e violências por parte de quem apoia o Irã.
Vamos torcer para que o mundo tenha menos violência e mais paz. Tendo mais paz e menos violência terá, consequentemente, menos medo.
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