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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Israel

Brasil tem de cuidar para não trazer terroristas escondidos na repatriação

Interior de avião da FAB adaptado para voo de repatriação de brasileiros em Israel. (Foto: João Risi/Audiovisual/Presidência da República)

Eu estava preocupado com o critério de repatriação de brasileiros que estão na região conflagrada em Israel, porque muito terrorista poderia alegar ser brasileiro, entrar num avião e vir pra cá. Esse é o perigo, até porque Israel está indo para a retaliação, e este é o momento em que os terroristas estão querendo fugir de lá.

O Hamas chegou a decapitar 40 bebês, segundo relatórios. Mataram as pessoas indiscriminadamente, assim como fizeram os matadores dos médicos no Rio. As pessoas estavam se divertindo numa rave e foram mortas, 250 de uma vez só, inclusive brasileiros, que estavam desaparecidos e cujos corpos foram encontrados agora. Há brasileiros feridos também. Muitos brasileiros vivem em kibutzim, fora os turistas e os brasileiros que são soldados, que foram prestar o serviço militar em Israel por convicção.

A pessoa terá de demonstrar que tem domicílio no Brasil. Mas as autoridades terão de checar, comprovar se é verdade, porque é muito fácil falsificar documentos de residência. Tem de haver um critério muito, muito cuidadoso, tal como os israelenses têm cuidado em relação a brasileiros que chegam lá dizendo que vão fazer turismo.

Comissão da Câmara aprova projeto que proíbe casamento homoafetivo 

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara aprovou um projeto de lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre pais e filhos, e entre irmãos. O artigo 226, parágrafo 3.º, da Constituição fala em união “entre homem e mulher”. A Bíblia também diz que Deus fez o homem e a mulher, e ordenou: “crescei e multiplicai-vos”, isso significa macho e fêmea. O resultado da votação na comissão foi de 12 a 5, e o texto vai agora à Comissão de Direitos Humanos. O projeto também é uma reação ao Supremo que, em 2011, disse que a união homoafetiva gera os mesmos direitos que a união heteroafetiva. Tempos diferentes, de ideologia de gênero, que é puramente ideologia, não biologia. Esta é realidade, aquela é um movimento político.

Dino esnoba e desrespeita deputados 

O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi convocado pela Comissão de Segurança Pública e, como fez em outras comissões, não foi. Ele simplesmente não vai; foi uma vez, se levantou e foi embora, dizendo-se ofendido. Prometeu que voltaria, mas dessa vez ele alegou providências administrativas inadiáveis e ficou despachando em seu gabinete, no Ministério da Justiça. Disseram que a justificativa não procedia, porque ele poderia muito bem ter atravessado a rua e ido à comissão. Agora, o deputado Sanderson, presidente da comissão, diz que vai encaminhar um pedido de impeachment do ministro por crime de responsabilidade, por desacato, por não atender à convocação de uma comissão que tem esse poder. Lá, Dino seria cobrado pelas imagens do 8 de janeiro, pelas razões para não ter acionado a Força Nacional, seria questionado sobre a violência na Bahia, sobre a atuação do Ministério da Justiça e sobre os motivos pelos quais ele faz questão de tirar armas dos que têm armas legalizadas, e não dos que têm armas ilegais. Aqui no Brasil as coisas se invertem a toda hora.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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