Antes de fechar o ano, foi descoberto mais um poço de petróleo de qualidade excelente no pré-sal e produzindo 50 mil barris/dia, a 5.540m de profundidade. Os 45 poços no pré-sal de Búzios, a 188km da costa do Rio, já respondem por 20% da produção da Petrobras. Estamos com reservas de petróleo de qualidade entre as maiores do mundo. Mas o mais importante é que temos o maior potencial de produção de alimentos, capaz de dar garantia alimentar para o globo. Comida é o item de maior valor estratégico, porque vital. Temos a maior reserva de água potável do planeta. Assim como as maiores reservas minerais e ambientais da Terra.
Também ao fechar o ano, o Senado aprovou um projeto sobre venda de terras brasileiras a estrangeiros, no limite de 25% da superfície de um município. Quer dizer, um holandês que compre 25% de Altamira, será dono de uma área igual à do seu próprio país. Se comprar na divisa com São Félix do Xingu e adquirir também 25% do município limítrofe, terá uma área contínua equivalente a duas vezes sua vizinha Bélgica. Se a Câmara aprovar o projeto, o Presidente da República avisou que vai vetar.
Em 1967, uma CPI das terras, de iniciativa do deputado Márcio Moreira Alves, apurou uma preocupante desnacionalização das terras brasileiras. Naquele tempo, a esquerda era nacionalista; hoje é globalista.
O mundo está de olho neste imenso, rico e inexplorado Brasil. Ainda temos 90 milhões de hectares potenciais para agricultura, além dos 60 milhões de hectares que já nos tornam campeões - e minerais de altíssimo valor estratégico. A cobiça estrangeira é justificável; tem a ver com o bem-estar e a sobrevivência de países que vão depender do Brasil. Para eles, quanto mais fraca nossa soberania, melhor para nos explorar a custo menor. Quanto menor for nosso sentimento de posse, de ocupação, de conhecimento para explorarmos o que é nosso para o nosso bem-estar, melhor para os futuros colonizadores.
Estão de olho porque já conhecem o Brazil. Nós é que não conhecemos o Brasil, por causa dos antolhos urbanos de curto alcance. E por causa da propaganda globalista que procura nos tolher na ocupação do território para manter a soberania. A idéia de internacionalizar a Amazônia tem o apoio ideológico de muitos brasileiros - que Brizola chamava de entreguistas. A Amazônia Azul, no Atlântico, do tamanho da Amazônia verde, é outra riqueza que não sabemos que temos. Para os interesses externos, é conveniente o atraso em nosso ensino e pesquisa, porque o conhecimento liberta. O Brasil precisa conhecer esse Brazil dos olhos alheios, para dele desfrutar como proprietário.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS