| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo
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Eu fico lembrando daquele provérbio Árabe “Os cães latem e a caravana passa” quando vejo os dados obtidos pelo Sistema Nacional de Segurança Pública.

No primeiro bimestre deste ano, comparando com o mesmo período do ano passado, os homicídios dolosos caíram 23%, o roubo de carga caiu 40%, o roubo de banco caiu 37%, o roubo de veículo caiu 28%,o  furto de veículo caiu 11%, o latrocínio caiu 19% e as tentativas de homicídio caíram 15%.

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Esses números foram lidos, significativamente, pelo ministro Sérgio Moro. Ele que foi um dos alvos de uma espionagem criminosa. Daí eu penso, “os cães latem, mas a caravana continua indo em frente”.

Não foi muito bem a caravana econômica do comércio, que foram divulgados em abril. Houve uma quebra de 0,6%. Foi a pior queda desde 2015. É o que a gente está vendo com essa agitação toda e com essa semeadura de pessimismo.

Como nó sabemos o Milagre Econômico do Brasil no governo Médici, com Delfim Netto como ministro da Fazenda, que fez o país crescer 11,2% durante três anos, foi movido pelo otimismo e entusiasmo.

A roda de economia de mercado funciona com o olho no futuro. Se o futuro for promissor, a pessoa perceber que no futuro terá renda, ela vai investir agora. Senão, ela não investe e as coisas vão entrando em um círculo vicioso.

Os decretos do presidente

O Supremo Tribunal Federal decidiu que os conselhos - como o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) - não podem ser extintos por decreto. Porque tem base em lei, então precisa de lei.

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São 92 pessoas conselheiras no CDES. São notáveis do Brasil. Mas tem a despesa de Jeton - pagamento por sessões extraordinárias -, de passagem e de hospedagem.

Então o presidente, querendo enxugar o governo, deve ter perguntado para o jurídico o que dava para fazer rapidamente por decreto ou por Medida Provisória. E, às vezes, o jurídico deixa de perceber que tem coisa que é com base em lei, portanto, vai precisar de decreto lei.

Outra questão é o decreto de armas, que tira a burocracia das armas sem tirar as exigências. Estão fazendo um projeto de lei no Senado - que está andando - para ver se dá uma atenuada nessa liberação.

A liberação é relativa. Porque a pessoa tem que prestar todos os exames psicológicos para saber se tem equilíbrio, se tem lugar em casa para guardar a arma de forma segura, se conhece o manejo da arma, se tem mesmo a necessidade da arma, e se não tem uma vida pregressa de descumprimento de lei ou de violência.

Só não dá para revogar o direito de defesa, porque esse é um direito natural, essa que é a verdade.

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Invasões hacker

A juíza Gabriela Hardt, que substituiu o juiz Sérgio Moro na 13º Vara Federal de Curitiba, já denunciou que o celular e os diálogos dela em redes sociais também foram invadidos.

Coincidentemente, na quarta-feira (12), a defesa de Lula pediu a suspensão de um dos procuradores que assinou a denúncia do sítio de Atibaia que ele foi condenado a dez anos e onze meses de prisão pela juíza Gabriela Hardt. Vejam só se não parece uma espécie de conspiração. E Lula já está com um quarto de século em condenações.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se pronunciou a favor da Lava Jato. O presidente da Câmara, Rodrigo maia, já tinha se pronunciado dizendo que ia blindar a Câmara de tentativas de desviar as atenções.

Davi Alcolumbre disse que o Senado está na guerra contra notícias maldosamente criadas para confundir a opinião pública. Ao mesmo tempo, o ministro do Supremo, relator da Lava jato, Edson Fachin, disse que nada vai impedir o avanço da Lava Jato e que não vai haver nenhum prejuízo à operação.

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Enquanto isso, o que eu escuto em Brasília é a necessidade de investigar esse vazamento, que é uma agressão à Segurança Nacional e contra o Poder Judiciário. Agora, agravado pelo fato de terem acessado as conversas e a privacidade da juíza Gabriela Hardt.