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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Bolsonaro na mira do Judiciário

Caso das joias sauditas é como o da vacina indiana

Bolsonaro
Bolsonaro está sendo investigado em caso das joias sauditas. (Foto: EFE/Andre Borges)

Embora o Centrão tenha trocado deputados, e a oposição tenha ficado aparentemente em minoria, a CPI do MST deve bombar nesta semana, porque é esperado o depoimento do João Pedro Stédile – o "general", como Lula o chamou.

Na semana passada, uma comissão com um relator e dois deputados foi a Alagoas para conversar com o presidente do instituto de terras do governo estadual, já que encontraram contratos de fornecimento de transporte para o MST de Alagoas realizar manifestações e invasões, e de lona para fazer acampamento – tudo com dinheiro dos contribuintes, dos pagadores de impostos.

O presidente desse instituto, quando viu que as perguntas aumentavam, disse: "Se eu soubesse, eu teria chamado meu advogado".

Silvinei não cometeu, mas só impediu crimes

Na CPMI do 8/1, chamaram o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, e não conseguiram nada. A sugestão é que ele faça delação premiada. O advogado dele avisou que ele não tem nada para delatar ninguém, porque não cometeu nenhum crime.

Aliás, ele impediu crimes – como era obrigação dele, chefiando a Polícia Rodoviária. A lei diz que no dia da eleição ninguém pode transportar eleitor, a não ser por transporte público, e compete à polícia urbana e rodoviária trabalhar nisso, impedir isso. E ele inclusive achou dinheiro vivo para comprar votos.

Caso das joias sauditas é como o da vacina indiana

O caso das joias sauditas está igualzinho àquele caso da vacina indiana. Como vocês sabem, a vacina indiana não foi comprada, e houve um barulho enorme na CPI do Circo sobre propina na compra da vacina indiana, que não foi comprada.

Essas joias estão desde março em poder do governo. Os presentes são assim: aqueles presentes personalíssimos ficam com as pessoas, e presentes que não são personalíssimos – um trono, por exemplo, como o Lula recebeu – não ficam com a pessoa, não deveriam ficar. Ficam com o Estado brasileiro.

Quando Bolsonaro pediu esclarecimento ao Tribunal de Contas, à Corregedoria, disseram: "isto aqui é personalíssimo, isto aqui não é; isto aqui tem que declarar". E ele declarou. É como a vacina que não foi comprada.

Estão fazendo de tudo, dizem os bolsonaristas, para prender Bolsonaro. É bom a gente lembrar que, quando fizeram de tudo para matá-lo, ajudaram a elegê-lo.

VEJA TAMBÉM:

O Banco Central acerta mais uma vez

Vem aí um novo sistema do Banco Central, um superaplicativo para juntar todas as contas bancárias da pessoa. A pessoa vai ter o controle de tudo num aplicativo: todas as suas aplicações, o que está rendendo num banco, o que está rendendo em outro, onde está devendo, onde tem crédito, onde recebeu, onde não vai receber. Excelente isso.

Mais uma do Banco Central, depois do Pix e do Drex.

PCO questiona Moraes sobre presos do 8/1

Por fim, queria citar o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), que se diz um partido revolucionário comunista que combate o fascismo e o golpe de Estado.

Eles disseram o seguinte sobre os presos do 8 de janeiro que foram liberados: o ministro Moraes, se soltou terrorista, é um irresponsável; agora, se não são terroristas, o que estavam fazendo na prisão até agora, após sete meses de prisão?

É uma pergunta muito lógica e racional do seu Rui Costa Pimenta, no encontro semanal que ele tem no YouTube, no canal do PCO. É interessante isso, porque a mídia os chama de terroristas, embora chame homicida de "suposto homicida".

Eu acho que dá para essas pessoas entrarem na Justiça por danos morais, por calúnia, porque foram chamadas de terroristas. Quem as chamou vai ter que demonstrar isso ou pagar indenização. Talvez alguns advogados já estejam pensando nisso.

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