Sábado (6) fez sete meses que esfaquearam o candidato líder da corrida eleitoral à presidência da República com o intuito de matá-lo. Ele quase morreu. Foi quase um milagre ter sido salvo na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora e, depois, no Hospital Albert Einstein.
Essa questão envolve uma pergunta: quem mandou matar? Quem está por trás de Adélio Bispo? Até hoje essa pergunta não foi respondida. Aliás, só para constar, a partir de dados que obtive da Polícia Federal: foram mobilizados mais policiais federais para cuidar do caso da vereadora Marielle no Rio de Janeiro do que para investigar o caso de um candidato à presidência da República líder nas pesquisas. E até agora nenhum dos dois casos, na verdade, teve uma resposta satisfatória.
Aniversário
Já no domingo (7), fez um ano que Luiz Inácio Lula da Silva está preso, cumprindo pena de uma primeira condenação de doze anos e um mês. Ele já foi condenado pela segunda vez. Lula está numa chamada “sala de Estado maior” da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, o que é uma coisa muito estranha – não é uma prisão provisória: ele está cumprindo pena.
Bem que poderia cumprir pena num presídio, em uma ala especial para ex-presidentes da República. Isso não está previsto na lei – e é interessante que não previam isso. Previam ala especial para pessoas idosas, para ex-delegados e ex-policiais, para ex-juízes, para quem tem curso superior, mas não para ex-presidentes da República.
Isso está custando caro. A Polícia Federal diz que isso perturba o funcionamento da Superintendência. Dizem que custa R$ 10 mil por dia manter Lula ali – o que daria R$ 3,6 milhões até agora. Só para lembrar, um preso comum custa R$ 2,5 mil por mês. Lula custaria isso se estivesse em um presídio comum.
Estima-se também que Lula tenha gasto durante esse ano, nos sucessivos pedidos de recursos, mais de R$ 4 milhões pagando advogados.
A corte
Eu queria falar também de economia. Houve em março um crescimento de 196 mil novas vagas de emprego. Infelizmente, não foi aqui. Foi nos Estados Unidos. É que lá a tradição protestante dos colonizadores é que ganha mais quem trabalha, quem se dedica. Aqui a gente tirou a monarquia, mas a corte ficou.
Tá cheio de aposentadoria especial, de salários especiais, de penduricalhos que vão além do limite constitucional. Enquanto as montadoras demitem mil, o Ministério Público, por exemplo, abre um concurso para admitir 400. O negócio está meio invertido. Essa classe especial tem estabilidade, tem irredutibilidade de vencimentos, tudo muito especial – enquanto a maioria do povo paga impostos.
Previsões
Por fim, quero falar de previsões econômicas. Se a reforma da Previdência passar logo, a previsão, segundo um ex-presidente do Banco Central, é que a gente salte para 3 ou 4% de crescimento. Haveria uma queda do risco país e com isso viriam mais investimentos – fala-se em R$ 100 milhões, tudo capital externo de longo prazo.
Já se a reforma sair apenas no fim do ano, a situação fica mais ou menos igual como está agora. Mas se a reforma não sair ou for desinflada, teremos recessão – não há outra opção –, insolvência interna, incertezas e vamos acabar fazendo cortes de forma compulsória, porque não tem como não fazer – não há como sobreviver com um déficit desse tamanho.
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