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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Eleições

Quase tudo pronto para a centro-direita voltar a governar Portugal

Portugueses vão às urnas em meio a escândalo de corrupção dos socialistas e guinada da direita
Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática, que venceu as eleições parlamentares portuguesas. (Foto: EFE/EPA/Tiago Petinga)

Começo registrando a morte de mais um atleta, porque juiz de futebol também é atleta. Passa 90 minutos correndo, acompanhando a bola. Um árbitro nascido em Viamão, no Rio Grande do Sul, era juiz da Federação Catarinense de Futebol havia uns três anos. Aparentemente é preciso fazer uma prova de aptidão física todos os anos para continuar no quadro de árbitros. São muitas corridas de tiro curto, a pessoa corre 70 metros, é quase como ir de um gol ao outro. E esse juiz de 45 anos morreu de repente, fazendo a prova. Acho tão estranho isso, essa quantidade de gente que é atleta, que tem preparo... o que está acontecendo? Será que ninguém se preocupa em fazer um levantamento e buscar as causas? Tem cada causa aí que as pessoas não comentam, falam de parada cardiorrespiratória, mas no fim das contas todo mundo morre de parada cardiorrespiratória, não é? O coração para, o pulmão também, e a pessoa morre. Mas qual é a causa disso? Temos de pensar nisso e não ficar escondendo.

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Novo governo vai tomando forma em Portugal 

Estou em Lisboa, como você sabe. Estava acompanhando a eleição daqui, e em 2 de abril assume a nova Assembleia da República, que é o parlamento com 230 representantes do povo português. O Legislativo em Portugal é unicameral, não tem Senado. O Chega venceu no Brasil, entre os portugueses que estão aí e que votam. Ganhou no sul, ganhou no Algarve, nos Açores e se confirmou como terceira força.

O PSD, que elegeu 73 deputados, vai dar o chefe de governo, o Luís Montenegro, que até já viajou para Bruxelas para se acertar com o Parlamento Europeu. O Partido Socialista até elegeu mais, com 78, mas o PSD estava com outros partidos na Aliança Democrática, que no total fez 80 deputados, contra os 78 dos socialistas e os 50 do Chega, que é de direita. A AD, que vai governar, é de centro-direita, e o Partido Socialista, que governava até agora, é de esquerda.

O atual presidente da Assembleia da República, o mesmo que deixou Lula falar no dia 25 de abril do ano passado quando o Chega não queria que ele falasse, que pediu silêncio, não foi nem sequer reeleito. Tinha esperança de ser eleito com os votos do Brasil, mas não foi. Das quatro vagas de votos no exterior, o Chega fez a metade.

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Governadores de Sul e Sudeste querem endurecer combate ao crime

Os governadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo divulgaram uma carta de intenção buscando o crime zero, a começar pela audiência de custódia, que solta gente que depois vai assaltar de novo, já aluga uma nova arma e segue assaltando ou matando. Aconteceu no Rio de Janeiro: o sujeito passou pela audiência de custódia às 12h30, e à meia-noite já estava matando. Só para os manifestantes do 8 de janeiro que a audiência de custódia não funciona.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, se licenciou, foi exonerado e voltou para reassumir a Câmara, onde ele foi autor e relator do fim da saidinha, que foi aprovado e vai para Lula. Se o presidente vetar, o veto será derrubado e Lula ainda vai ser responsabilizado se nesse meio tempo houver uma saidinha e alguém cometer algum crime. Os líderes do governo na Câmara e no Senado estão recomendando a Lula que não vete, porque foi manifestada a vontade do Congresso Nacional. Mas a intenção expressa do deputado Derrite é voltar para a Câmara e buscar tolerância zero com o crime, mudando o Código Penal e a Lei de Execução Penal.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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