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Alexandre Garcia

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Julgamento

Ciência desaconselha legalizar as drogas, dizem entidades médicas ao STF

Cannabis: a planta mais defendida do mundo | DM/JYDAVID MCNEW
Cannabis se tornou a "planta mais defendida do mundo" no passado recente. (Foto: )

O Supremo iria retomar na quinta-feira a votação sobre o porte de drogas, que já está 4 a 0 a favor da maconha, do traficante, do viciado, permitindo que a pessoa transporte até 60 gramas de maconha, o que dá algumas dezenas de baseados. Mas houve outra votação, a do juiz de garantias, em que até já se formou maioria; ela foi até as 18 horas e não analisaram o caso das drogas. Na véspera, dia 16, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria divulgaram uma nota. É importante ler, porque a mídia está com um discurso de “viva a maconha!”, “maconha medicinal”, isso e aquilo, como se maconha fosse bom. É bom para o traficante, que vai vender mais.

Vejam um trechinho da nota: “Para o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria, o consumo da maconha, mesmo sob a alegação de ‘medicinal’, representa riscos à saúde de forma individual e coletiva. Trata-se de droga que causa dependência gravíssima, com importantíssimos danos físicos e mentais, inclusive precipitando quadros psicóticos, alguns não reversíveis, ou agravando sintomas e a evolução de padecentes de comorbidades mentais, de qualquer natureza, dificultando o seu tratamento, levando a prejuízos para toda a vida”. Para o pessoal que fala tanto em ciência, está de bom tamanho? É a manifestação do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria. Espero que os ministros do Supremo tenham lido e pensado muito a respeito dessa nota e a respeito de quem essa decisão pode beneficiar. Cui prodest? Aqueles que aprenderam latim, ou o Direito Romano, sabem o que isso quer dizer. A quem interessa?

Lula não sabe mais o que fazer com ministérios para acomodar o Centrão

O presidente Lula não sabe mais o que fazer. Está criando ministério, cortando ministério, tirando ministro para atender o Centrão, sob a batuta do presidente da Câmara, o poderosíssimo Arthur Lira. Agora se fala em tirar o Ministério dos Portos e Aeroportos de Márcio França. O partido de Lira, o Progressistas, está querendo tirar de Wellington Dias o Ministério do Desenvolvimento Social, que cuida do Bolsa Família. A presidência da Caixa Econômica Federal, que beleza, também iria para o Progressistas. Parece que vão pedir para o Alckmin ficar só como vice-presidente da República. Falam em criar ministério para as pequenas e médias empresas. Vai acabar dando 39 ministérios, empatando com Dilma. Vamos ficar na dúvida, o que é Lula e o que é Dilma, até o PAC é parecido.

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General Gonçalves Dias agora está no inquérito do 8 de janeiro

A pedido do Novo, a Procuradoria-Geral da República pediu, e o ministro Alexandre de Moraes aceitou, a inclusão do general Gonçalves Dias, que foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, no inquérito do 8 de janeiro. Há muitos indícios que tornam necessário investigar qual foi, afinal, o papel dele. Já está claro que ele sabia: no dia 6, foi ele quem alertou a Abin sobre bloqueios em frente a distribuidoras de combustível, fechamento das entradas das sedes dos três poderes, pedidos para o povo se postar nos quartéis, alertas para os caçadores, atiradores e colecionadores. Depois que ele fez esse alerta, entrou em silêncio mesmo com 11 avisos da Abin de que a coisa estava esquentando, que ônibus estavam se dirigindo a Brasília, que havia pessoas dispostas a fazer manifestações mais graves.

Houve o aviso no sábado, e nada; o general só deu uma pequena resposta no domingo, antes das 9 da manhã, dizendo “vamos ter problemas”. Depois, apareceu no Planalto, como registraram as câmeras, circulando entre os invasores. Enquanto isso, estavam de prontidão as forças do Exército, o Regimento da Guarda Presidencial, o batalhão da Polícia do Exército, todos esperando uma ordem, uma convocação, que deveria partir de onde? Do GSI.

A gota d’água, que fez o Novo pedir a inclusão de G. Dias no inquérito, foi o pedido para que o diretor da Abin tirasse o seu nome de uma lista de destinatários dos avisos da agência que seria enviada à CPMI do 8 de Janeiro, já que o senador Esperidião Amin tinha pedido essa lista e G. Dias estava nela. Então, aí está o ex-ministro-chefe do GSI, agora incluído no inquérito.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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