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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Chegada das chuvas vai diminuir preço da energia

Usina de Itaipu (Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional)

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Chuvas no Sul e Sudeste. Muito bem-vindas. Voltam a abastecer os reservatórios. Isso diminui a preocupação com energia elétrica, inclusive diminui o preço. Vai chegar o ponto em que a bandeira vermelha será eliminada. Já está um exagero, por exemplo, no Vale do Itajaí. O rio Itajaí-Mirim já está transbordando, em Brusque, por exemplo. Preocupações para a Defesa Civil em Santa Catarina.

O meteorologista Luiz Carlos Molion lembra que tem previsão de deslocamento das chuvas. Tem muita gente saudando que o rio São Francisco está segurando a produção de energia, na sua principal hidrelétrica, mas ele prevê que estamos numa fase de deslocamento das chuvas.

Então, precisamos buscar alternativas ou construir hidrelétricas na região Norte, por exemplo. O que é uma dificuldade, por causa de ambientalistas, de gente que mobiliza índios e deixam o país com problemas sérios de energia, e energia mais cara.

E por outro lado, ele lembra da energia termosolar, em que espelhos côncavos concentram a luz solar em caldeiras, que fazem ferver a água, produzem vapor que faz girar turbinas que produzem luz elétrica. São usinas que podem ser construídas num período de dois anos.

Fornecimento de fertilizantes, questão estratégica

Outra questão estratégica é o fornecimento de fertilizantes para nossa agricultura, que está proporcionando, neste ano, um formidável superávit na balança comercial, o que garante o equilíbrio nas contas externas. Nosso superávit, até o momento, está em 58 bilhões, porque exportamos 221 bilhões de dólares. O superávit de setembro foi de 1,1 bilhão.

A agricultura ajuda essa previsão do FMI de que vamos ter um crescimento do PIB de 5,2%, que é mais ou menos a média do mundo. Estamos acima da zona do Euro, um pouco acima da Rússia, um pouco acima da África do Sul, nossos companheiros de Brics. Mas bem abaixo da Índia, que tem previsão de crescimento de 9,5%. Por isso que a Índia sustenta 1,4 bilhão de indianos.

Mas voltando ao NPK, ao fertilizante. Precisamos ir atrás de autossuficiência de fertilizantes, porque dependemos do N e o P, da China, e o K, da Bielorrússia. E temos grandes reservas do K, que é o potássio, na Amazônia. Precisamos aproveitar essa reserva. Dependemos em 96% do potássio. Importamos 12 milhões de toneladas de potássio. E China e Bielorrússia estão com problemas. E aí o preço sobe. E aí temos que pagar mais caro, o que encarece a produção agrícola. Ficar sem o NPK derruba a produtividade também.

São problemas que temos que resolver, assim como estamos resolvendo outro problema estratégico: o da infraestrutura. Estamos lançando trilhos por toda a parte, melhorando os portos, nos preparando para nos tornarmos os grandes fornecedores de alimentos para o mundo. Esse é o Brasil de nossos filhos e netos.

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