Dentro de 34 dias nós vamos ser chamados às urnas. E ainda não sei se a gente vai ter mesmo que deixar o celular na mesa do mesário. Vamos ouvir os juristas pra saber se essa não é mais uma arbitrariedade, mais uma imposição ilegal. Mas, de qualquer maneira, quero lembrar do que vai acontecer no Chile agora, no próximo sábado: um plebiscito, em que o voto é obrigatório, sobre se a população aceita ou não a constituição que foi feita por uma Assembleia Nacional Constituinte eleita em uma eleição em que o voto não era obrigatório e que teve praticamente metade de abstenção. Pouca gente votou, mas foram representados pelos poucos que votaram. Abriram mão do direito e, agora, estão fazendo manifestações de protesto contra a nova constituição, que acaba com o Senado, que impõe todas as teses marxistas, desde aborto, inventam um tribunal só para índios, uma série de questões que o povo chileno não aceitou porque seria um retrocesso aos progressos que a economia chilena, com plena capacidade da inciativa privada e desestatização, floresceu, virou uma economia moderna. O Chile se tornou um país parecido com um país de primeiro mundo e, agora, isso está sendo derrubado violentamente pela estrutura da nova constituição. Todos os institutos de pesquisa do Chile estão indicando que a relação da negativa a essa nova constituição é de 5 para 1, ou seja, 80% não querem essa nova constituição. Será que precisariam passar por isso se todos tivessem ido votar? Estou contando isso para vocês pensarem na hora do voto. Voto em branco não conta, anular o voto não é voto válido e se abster não é nem covardia, é abrir mão do poder e do direito de depois reclamar se algo der errado.
Reintegração de posse no Paraná
Queria falar, também, sobre uma decisão do ministro Barroso. O MTST, o movimento dos sem-teto, que é um movimento urbano, invadiu um terreno particular em Curitiba e o dono do terreno entrou na Justiça com uma ordem de reintegração. O MTST foi ao Supremo para anular essa decisão da Justiça favorável ao dono do terreno, alegando que uma decisão do Supremo, uma liminar do ministro Fachin, diz que durante a pandemia, ninguém pode desalojar ninguém. Só que eles começaram a invasão no dia 22 de junho agora, neste ano. Não tem nada a ver com a pandemia. O ministro Barroso não caiu nessa e não deferiu o pleito do MTST.
Recorde de arrecadação
E para terminar, uma comprovação de uma teoria econômica que mostra que quanto maior o imposto, menos o pagador se sente com vontade de pagar, e quanto menor o imposto e com mais resultados, mais sobe a arrecadação. Mais uma vez, a arrecadação federal foi recorde, uma alta de 7,5%, R$ 202,6 bilhões em julho. O governo federal baixou a alíquota de muitos impostos e, ao mesmo tempo, está apresentando resultados.
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