De novo chuvarada no meu estado, no Rio Grande do Sul, no meu rio Jacuí, à beira do qual eu nasci. A primeira vez que eu atravessei um rio foi lá. Chuvarada em toda a parte no rio Jacuí, também no rio dos Sinos. Eu vi as imagens, como vocês devem ter visto, da água pegando uma ponte perto de Santa Maria, na RSC-287. A ponte vai embora como se fosse de papel, como se fosse um castelo de cartas ao vento.
Aí eu pergunto, eu procurei e não encontrei. Qual foi a construtora que fez uma ponte dessas com tal fragilidade sobre o Arroio Grande? Não foi sobre um rio, foi sobre o Arroio Grande. Quem fez? Que vergonha! Eu não sei o que pensam as pessoas que viram e vão rever a imagem dessa ponte, assim como essa outras que cederam às águas.
Temos mais de 10 mortes e cerca de 20 desaparecidos. De novo, uma tragédia, uma catástrofe por causa das chuvas no Rio Grande do Sul. Até quando? São coisas que não podem ser evitadas, mas outras, como por exemplo, a solidez de uma ponte ou de um aterro, isso é um desafio para a engenharia, que certamente a engenharia supera. Ontem, vi obras dos romanos que estão de pé até hoje, três mil anos depois.
Enxurrada de invasões do MST em abril
O mês de abril terminou com uma enxurrada de invasões do MST e eu recebo um relato de uma senhora da Bahia, do município de Itabela, sobre o aperto que ela está passando por causa dos invasores.
Para começar, invadiram a terra no ano passado e depois arrendaram a terra invadida. Eles tiraram de lá o arrendatário com o seu gado que já estava sobre a terra. E aí, deixam as ruínas: cerca derrubada, tratores vandalizados e transformadores de eletricidade sumiram. Recentemente, essa senhora, suas irmãs e seus irmãos foram ameaçados pelo MST, chamaram a polícia que foi lá pôr a ordem judicial em prática porque há ordem judicial, mas não acontece nada.
Está lá o direito de propriedade no artigo 5º da Constituição, é cláusula pétrea, na mesma linha do direito à vida e não acontece nada. É vergonhoso para um país com princípios e direitos que não são respeitados. E aí a ordem jurídica, a ordem natural das coisas viram uma bagunça.
A suspensão do julgamento do senador Jorge Seif
Também foi muito estranho o julgamento do senador por Santa Catarina Jorge Seif (PL), acusado de ser favorecido por Luciano Hang com um helicóptero. Não conseguiram provar nada, nem o uso do helicóptero, nem onde o helicóptero pousou.
Tanto que o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), por 7 a 0, inocentou o senador Jorge Seif. Agora, mesmo assim, o processo foi para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e chega a um impasse novamente.
Não há prova suficiente para concluir um julgamento, que foi suspenso para ir buscar provas. Está no Tribunal Superior e ainda não tem provas. Que inquérito foi esse?