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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Cid Gomes

O dia que o senador da retroescavadeira bateu de frente com a Câmara

O senador licenciado Cid Gomes envolveu-se numa confusão na quarta-feira (19) em que ele levou dois tiros.
O senador licenciado Cid Gomes envolveu-se numa confusão na quarta-feira (19) em que ele levou dois tiros. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

No mês de janeiro, a indústria brasileira teve o melhor desempenho dos últimos quatro anos. A Petrobras, que foi dilapidada pela corrupção, teve um lucro de R$ 40 bilhões no ano passado e produzindo 4 milhões de barris por dia.

O resultado financeiro da Caixa Econômica em 2019 foi o dobro do obtido no ano anterior e está entre os maiores bancos do país. Como o presidente do banco disse nesta quinta-feira (20), a Caixa era uma arca de Noé que distribuía as diretorias para partidos políticos. Agora, a Caixa está dando empréstimo imobiliário com juros de 8% ao ano.

Esse janeiro teve a melhor arrecadação dos últimos 25 anos. Além disso, fevereiro teve a menor inflação em 26 anos – segundo o IPCA +15 foi de 0,22%.

Enfim, são os resultados da economia. Como se dizia lá nos Estados Unidos: “é a economia estúpido”. A economia é a locomotiva da política. Dando certo a economia, tudo mais vem atrás.

Constituição “Frankestein”

A repercussão do tiro que Cid Gomes levou foi tão grande que não tem como não voltar a comentar. Onde é que já se viu um senador da República pilotando uma retroescavadeira para derrubar a cerca de um quartel.

E onde é que já se viu do outro lado da cerca policiais mascarados em motim – não existe greve para PM. O desfecho foi terrível. Tomara que as forças federais consigam recuperar a segurança do Ceará.

Eu estava procurando a biografia de Cid Gomes e encontrei uma declaração dele da época em que era ministro da Educação de Dilma Rousseff, no dia 27 de fevereiro de 2015, na Universidade do Pará.

O senador disse que, na Câmara, tem entre 300 e 400 deputados que acham que “quanto pior melhor para eles”. Segundo Cid Gomes, esses deputados querem que o governo esteja frágil porque essa seria a forma de tirarem mais do governo para aprovar emendas impositivas.

O que disse o general Heleno não é inédito: um ministro de Dilma já tinha identificado a manobra. E esse é um grande problema que só se resolve mudando a Constituição, que como eu já afirmei, é uma carta “Frankestein”.

A Constituição é um monstro que tira os poderes do presidente da República e dá para o Congresso, mas mesmo assim mantém com o presidente a responsabilidade de governar, que não está com o Congresso.

Compromisso com o país

O Congresso já está avisando que no segundo semestre não vai trabalhar por causa das eleições. Peraí, não é eleição municipal? O que eles têm a ver com isso? Eles são candidatos a vereador ou prefeito?

Pode até ter algum candidato a prefeito que precise se licenciar. Agora esses parlamentares precisam ter compromisso com o povo brasileiro, com as empresas nacionais, com os eleitores, com os pagadores de impostos. Esses esperam as reformas tributária e administrativa, por exemplo.

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