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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Cloroquina traz esperança no combate ao coronavírus

Alguns médicos relatam bons resultados com o uso da hidroxicloroquina mais azitromicina para o tratamento de Covid-19. (Foto: GERARD JULIEN/AFP)

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No domingo (05), eu participei de um debate. Estavam presentes médicos da melhor qualidade do plano de saúde Prevent Senior. Eles atendem 470 mil idosos: nesse plano são mais de 80 mil pessoas com mais de 80 anos e 250 pacientes com mais de 100 anos.

Esses médicos já sabem como tratar o Covid-19. Eu acho que eles vão desempenhar um papel de protagonistas no mundo em relação ao coronavírus. Nós vamos ficar muito orgulhosos dessa equipe.

Eles acreditam que o uso da hidroxicloroquina, com azitromicina, pode ajudar no tratamento da doença. Mas que esses medicamentos deveriam ser usados no segundo ou terceiro dia para fazer efeito. Contudo, é preciso o acompanhamento médico.

A pessoa que tem problemas cardíacos, por exemplo, pode sofrer com arritmia usando esse remédio. Outro efeito colateral é um problema na retina, mas só se o uso for contínuo. A cloroquina é usada há anos.

A primeira paciente a usar o medicamento como tratamento contra o vírus, aqui no Brasil, foi uma idosa de 75 anos. Essa senhora é filha de um dono de hospital, e o uso do medicamento teve o aval dele. Ela recebeu alta e já está em casa.

O protocolo do plano de saúde está sendo usado na Itália. Isso se deu no boca a boca entre os médicos; alguns eram colegas de estudo. Os Estados Unidos também já adotaram o tratamento com a cloroquina. Eu estou esperançoso.

Politização da pandemia

Já há uma alternativa para que a atividade econômica volte a funcionar de modo gradual e seguro, mas é preciso que os políticos concordem. O coronavírus está politizado e ideologizado.

Estão pensando em eleição e em derrubar o presidente. Enquanto isso, os governadores não estão ligando para a situação das pessoas que estão nos hospitais, e também para quem está trancado com os filhos em casa porque eles não podem ir para a escola.

No domingo (05), houve uma manifestação em Brasília diante do palácio do governador pedindo o fim da quarentena horizontal. No Domingo de Ramos, as igrejas estavam fechadas para evitar aglomerações e eu vi muita gente caminhando no sol para produzir vitamina D e reforçar a imunidade.

Final da quarentena?

Comparando o coronavírus com outra epidemia, a gripe suína matou, no Brasil, 2.173 pessoas; no ano passado, a gripe ainda matou 1,1 mil pessoas. Mesmo assim ninguém parou. No mundo, 150 milhões de pessoas pegaram a gripe suína, mas não houve quarentena.

No país, misturaram política, ideologia, vingança, ódio e por isso está havendo o isolamento social. É bom lembrar que 80% dos brasileiros têm menos de 50 anos. Ou seja, se eles não têm outras doenças, eles têm chance menor de morrer.

São 150 milhões de brasileiros que têm condições de ir para o trabalho e que tem probabilidade menor de sofrer os efeitos graves do coronavírus. Embora, ainda sim, possam contaminar outras pessoas.

Tem que proteger os grupos de risco sem dúvida. E voltar a atividade econômica de maneira gradual e segura para que o país não vá à bancarrota. Muita gente também está preocupada com a sanidade mental das pessoas. Aqui em casa está tudo bem, porque eu não deixo entrar pregadores de pânico e de medo.

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