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Com desoneração fiscal de um lado e muito dinheiro para MST e CUT de outro, não tinha como o dinheiro não acabar

Os ex-presidentes Lula e Dilma, em foto de 2017 (Foto: AFP/Evaristo Sá). (Foto: )


O ex-governador Sérgio Cabral, que está preso no presídio de Bangu, deu um depoimento ao Ministério Público dizendo que pagou R$ 200 mil a Claudio Lopes, ex-chefe dos procuradores estaduais do Rio de Janeiro, e mais uma mesada de R$ 150 mil. Cabral pagava o procurador “por proteção total a mim e aos meus”, chegou a dizer o ex-governador.

Foram 15 anos de corrupção e de favores para a indústria e o comércio, diminuindo impostos. Isso deu no que deu. O país entrou em uma recessão danada, da qual até hoje não se recuperou.

Os favores fiscais acabaram deixando milhões de desempregados. Já se passaram quase 5 anos do flagelo chamado Dilma e o país não ainda não se recuperou, está com desemprego e com uma perspectiva ruim de crescimento econômico.

A gente viu que com essa história de desoneração fiscal de um lado e de dinheiro – muito dinheiro – para MST e CUT (o tal do populismo social) do outro, o dinheiro acabou. Tinha que acabar o dinheiro. Aí vai tirar de onde?

Foram governos que eram o pai dos pobres e a mãe dos ricos. Getúlio Vargas fazia esse jogo também. 54% da população ativa do Brasil – 93 milhões – está pendurada no Tesouro. Tem o Bolsa-Família – o programa tirou 7,5 milhões de famílias que não tinham razão de receber o benefício: eram funcionários públicos, que não precisava, que já tinha morrido, gente que já devia ter saído e não saiu ainda. Fizeram essa limpa, baixou um pouco o número: parece que eram 15 milhões, agora são 14 milhões. Digo “parece” porque estou falando de memória.

Por isso a reforma da Previdência é crucial e está nas mãos do Congresso Nacional, dos nossos representantes – do seu senador, do seu deputado. Compete a eles a responsabilidade de resgatar as contas públicas que estão atrapalhando o país. O nosso imposto não é para sustentar governo e sim para pagar bons serviços públicos. Isso tem que ficar bem claro.

Bolsonaro não aprendeu

O presidente da República está saindo do Palácio da Alvorada e do Planalto para compromissos pessoais. Ontem à tarde Bolsonaro foi ao cemitério para o enterro da mãe de Eduardo Guimarães, ex-funcionário do gabinete dele nesse longo tempo em que foi deputado federal. Ele estava abraçado com o ex-funcionário. Foi também o filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal.

Parece que Bolsonaro não ficou assustado com a facada de Juiz de Fora, porque ele continua no meio de multidão. Outro dia ele saiu e foi para uma favela, que a gente chama de Cidade Estrutural – na verdade é uma favela construída sobre um lixão –, onde mora aquela menina que uma fake news disse que “recusou-se a cumprimentar o presidente da República”. Na verdade, o presidente tinha perguntado quem torcia para o Palmeiras. Depois ela foi ao Palácio esclarecer, e antes disso o áudio foi posto nos nossos ouvidos. A menina ganhou uma camisa do Flamengo. Bolsonaro foi à favela, também se expondo. Acho que ele não aprendeu.

Aliás, no Programa Silvio Santos, ontem, ele mostrou a cicatriz da facada do Adélio Bispo – ex-PSOL. Interessante que na legenda do noticiário – é claro que não foi em todo noticiário, mas isso ei vi – dizia que ele mostrou a cicatriz da bolsa de colostomia. É para não mencionar que ele recebeu uma facada para tirá-lo do pleito e que o sujeito era do PSOL. Fica tão ridículo essa pueril e ingênua militância, porque fica tão clara. O sujeito quer enganar: olha, ele teve que colocar uma bolsa de colostomia porque de certo teve um problema intestinal. Convenhamos.

Mundo real

Foi feito um levantamento da Crowtangle sobre a presença dos envolvidos nas eleições nas redes sociais depois de seis meses. Entre retweets e likes Bolsonaro deu 46,8 milhões, depois vem Haddad com 5,6 milhões, Lula – que estava junto com Haddad – com 2,8 milhões, Amoêdo com 2,25 milhões e Ciro Gomes com 1,1 milhão.

Quero encerrar lembrando uma frase de Fernando Henrique Cardoso, em uma entrevista para a CBN agora há pouco, dizendo que o político que não está em rede social não está no mundo real.

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