Foram 15 anos de corrupção e de favores para a indústria e o comércio, diminuindo impostos. Isso deu no que deu. O país entrou em uma recessão danada, da qual até hoje não se recuperou.
Os favores fiscais acabaram deixando milhões de desempregados. Já se passaram quase 5 anos do flagelo chamado Dilma e o país não ainda não se recuperou, está com desemprego e com uma perspectiva ruim de crescimento econômico.
A gente viu que com essa história de desoneração fiscal de um lado e de dinheiro – muito dinheiro – para MST e CUT (o tal do populismo social) do outro, o dinheiro acabou. Tinha que acabar o dinheiro. Aí vai tirar de onde?
Foram governos que eram o pai dos pobres e a mãe dos ricos. Getúlio Vargas fazia esse jogo também. 54% da população ativa do Brasil – 93 milhões – está pendurada no Tesouro. Tem o Bolsa-Família – o programa tirou 7,5 milhões de famílias que não tinham razão de receber o benefício: eram funcionários públicos, que não precisava, que já tinha morrido, gente que já devia ter saído e não saiu ainda. Fizeram essa limpa, baixou um pouco o número: parece que eram 15 milhões, agora são 14 milhões. Digo “parece” porque estou falando de memória.
Por isso a reforma da Previdência é crucial e está nas mãos do Congresso Nacional, dos nossos representantes – do seu senador, do seu deputado. Compete a eles a responsabilidade de resgatar as contas públicas que estão atrapalhando o país. O nosso imposto não é para sustentar governo e sim para pagar bons serviços públicos. Isso tem que ficar bem claro.
Bolsonaro não aprendeu
O presidente da República está saindo do Palácio da Alvorada e do Planalto para compromissos pessoais. Ontem à tarde Bolsonaro foi ao cemitério para o enterro da mãe de Eduardo Guimarães, ex-funcionário do gabinete dele nesse longo tempo em que foi deputado federal. Ele estava abraçado com o ex-funcionário. Foi também o filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal.
Parece que Bolsonaro não ficou assustado com a facada de Juiz de Fora, porque ele continua no meio de multidão. Outro dia ele saiu e foi para uma favela, que a gente chama de Cidade Estrutural – na verdade é uma favela construída sobre um lixão –, onde mora aquela menina que uma fake news disse que “recusou-se a cumprimentar o presidente da República”. Na verdade, o presidente tinha perguntado quem torcia para o Palmeiras. Depois ela foi ao Palácio esclarecer, e antes disso o áudio foi posto nos nossos ouvidos. A menina ganhou uma camisa do Flamengo. Bolsonaro foi à favela, também se expondo. Acho que ele não aprendeu.
Aliás, no Programa Silvio Santos, ontem, ele mostrou a cicatriz da facada do Adélio Bispo – ex-PSOL. Interessante que na legenda do noticiário – é claro que não foi em todo noticiário, mas isso ei vi – dizia que ele mostrou a cicatriz da bolsa de colostomia. É para não mencionar que ele recebeu uma facada para tirá-lo do pleito e que o sujeito era do PSOL. Fica tão ridículo essa pueril e ingênua militância, porque fica tão clara. O sujeito quer enganar: olha, ele teve que colocar uma bolsa de colostomia porque de certo teve um problema intestinal. Convenhamos.
Mundo real
Foi feito um levantamento da Crowtangle sobre a presença dos envolvidos nas eleições nas redes sociais depois de seis meses. Entre retweets e likes Bolsonaro deu 46,8 milhões, depois vem Haddad com 5,6 milhões, Lula – que estava junto com Haddad – com 2,8 milhões, Amoêdo com 2,25 milhões e Ciro Gomes com 1,1 milhão.
Quero encerrar lembrando uma frase de Fernando Henrique Cardoso, em uma entrevista para a CBN agora há pouco, dizendo que o político que não está em rede social não está no mundo real.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS