Depois de o presidente da República ter baixado uma medida provisória criando um crédito de R$ 1 bilhão, dos nossos impostos é claro, para ajudar os yanomami, que são mais ou menos 15 mil no Brasil e outros 17 mil na Venezuela, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, anunciou que serão destinados R$ 185 milhões, sem licitação, para aviões – que o jornal chama de aeronaves, mas aeronaves, para mim, é coisa de Flash Gordon –, para levar alimentos aos yanomami.
Eles naturalmente comem banana, beiju, farinhas, acho que mandioca, mas o governo levará alimentos, já que os yanomami estariam morrendo de subnutrição. Morreram no ano passado 363, no primeiro ano do governo Lula. Já no último ano do governo Bolsonaro, foram 20 a menos, 343.
Eu ouso dar um conselho para a ministra: que aconteça com os yanomami o que aconteceu com ela, a senhora Sônia Souza Silva Santos, que é a Sônia Guajajara. Ela se formou em letras, enfermagem e educação especial na universidade, se filiou a um partido político, o Psol, se elegeu deputada federal e é ministra.
Por que os yanomami não têm também essa oportunidade? De frequentar a escola, de fazer as necessidades em um vaso sanitário, de fazer comida em um fogão, de ter uma casa para ficarem bem abrigados, sem precisar se esquentar com fogo e fumaça e ter uma alimentação balanceada. Por que eles têm que ser mantidos?
Os poucos yanomamis que conseguem transmitir a mensagem, dizem que querem melhorar de vida, mas querem mantê-los como há 500 anos. Eu acho que isso não é humano, nem mesmo, direitos humanos.
Chanceler brasileiro na Palestina
O nosso ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, está na Palestina, confirmando o apoio do governo brasileiro aos palestinos e ao Hamas. Porque Israel está reagindo ao ataque desumano que aconteceu em 7 de outubro. No entanto, o ministro Mauro Vieira acusa Israel de atrocidades. E o 7 de outubro, o que foi, ministro?
Lula tenta se aproximar do agro
O presidente Lula anunciou que precisa falar com o agro por causa do preço dos alimentos. Vamos traduzir isso, ele está dizendo o seguinte: o agro é responsável pela carestia, pelo aumento do preço dos alimentos. É isso o que ele está dizendo. Mas ele quer conversar para ver se o agro paga mais uma.
O agro já paga imposto, paga juros, paga o prejuízo da falta de chuva no Centro-Oeste, por exemplo, que a safra da soja vai ser um desastre. Oficialmente, será de 17% a menos do que estava previsto, mas tem gente dizendo que caiu muito mais do que isso. Ele chamou o agro de fascista, de negacionista e agora quer conversar. Fica complicado.
Lula também perdeu a oportunidade de agradecer ao agro, quando foi surpreendido por um PIB do ano passado de quase 3%, com a indústria de transformação e a indústria de construção negativas. O setor de serviços puxando um pouquinho, mas o agro puxando lá para cima, com 15,1% positivos, e ele não agradeceu.
Não disse obrigado a gente que passa 24 horas por dia lidando com o tempo, com sol, com chuva, com vento, com a praga, o mercado, com o banco, com os impostos, com o escoamento. Pois é, mas ele acha que a queda de popularidade, por exemplo, não tem nada a ver com ele, que deve ser o pessoal da propaganda que não está agindo direito, e está procurando marqueteiro agora.
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