Dezenas de militantes do MST e da Via Campesina invadiram o escritório da Aprosoja, que foi pichado e apedrejado.| Foto: Reprodução
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A Câmara dos Deputados aprovou um novo sistema de cálculo do ICMS, um imposto estadual sobre combustível. O cálculo hoje tem uma alíquota fixa, mas é calculada sobre um preço final variável, que é corrigido a cada 15 dias, é mais ou menos assim uma média ponderada, a gente não sabe ao certo. A Câmara está propondo que seja como os impostos federais, sobre litro e não sobre preço. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acha que vai cair em 8% o preço do combustível. Mas o projeto ainda vai para o Senado.

A propósito, o combustível vendido aqui ainda está custando, pegando a média mundial, 20% menos. Embora, claro, quem enche o tanque sabe que está caro. Mas pagaria mais se tivesse na Inglaterra, na França ou na Alemanha, por exemplo.

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A indústria automobilística está sentindo a crise. Uma que está faltando chip, estão diminuindo a produção por falta de chips. O novo problema mundial. A fábrica da GM no Rio Grande do Sul, por exemplo, produziu menos e, consequentemente, exportou menos. A indústria de tabaco lá também. Já a indústria de celulose e papel registra um crescimento de 118% neste ano.

De modo geral, a indústria de transformação está tendo o maior sucesso. Um crescimento de janeiro a setembro, deste ano, de 34% nas exportações. O que mostra e prova a retomada, inclusive na indústria. E mostra também o mal que fizeram aqueles que se aliaram ao coronavírus para apostar contra o país, no ano passado, para fechar emprego e fechar empresas. É o que estavam querendo.

Vandalismo na Aprosoja

Um bando de arruaceiros do MST e da Via Campesina atacou o escritório da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), em Brasília, nesta quinta-feira (14), que é alugado. Vandalizaram, quebraram, jogaram pedra, quebraram vidro, pintaram parede, fizeram miséria. E assustaram muito a única pessoa que estava lá dentro na hora, uma senhora, zeladora, que se trancou no banheiro com o celular para tentar pedir ajuda. Foi uma coisa terrível!

Por outro lado, o ex-deputado Roberto Jefferson voltou à prisão por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Jefferson passou uns 30 dias no hospital, com um estado de saúde muito grave, uma persistente infecção urinária, uma descompensação da diabetes, teve que fazer um cateterismo...

Mas, agora, volta à prisão. Vocês podem se perguntar “por quê?”. Não, ele não foi condenado a nada, embora esteja preso. O ministro Alexandre Moraes escreveu agora, na decisão que o mandou de volta para cadeia, que a prisão é imprescindível e necessária para "garantir a ordem pública".

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Aí eu fico pensando: será que foi Jefferson que chefiou esse ataque à Aprosoja ontem de manhã? Porque isso sim foi um ataque à ordem pública. Eu só vi o ex-deputado fazer declarações verbais. Não vi nenhum ato dele contra a ordem pública. Qualquer jurista sabe distinguir uma coisa da outra. Quero registrar isso porque são fatos que vão agredindo a cada um de nós, brasileiros. Na nossa liberdade, na nossa necessidade, no nosso direito de democracia.

Briga de foice na esquerda 

Eu concluo com uma observação política: a briga de Ciro Gomes rompendo definitivamente com o lulopetismo. Ele publicou um vídeo de seis minutos em que diz que o que ficou marcado no tempo de Lula é a corrupção e no tempo de Dilma Rousseff, a incompetência. Acusa Lula de tramar pelo impeachment de Dilma. Lula reagiu dizendo que a Covid-19 atacou o cérebro de Ciro.

Mas o que a gente vê é o seguinte: Ciro Gomes decidiu que não é mais terceira via, ele quer ser a opção a Bolsonaro e tirar Lula e o PT do caminho, marcar uma posição muito firme. É anti-Bolsonaro, anti-Lula e anti-PT ao mesmo tempo.