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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Comportamento

A moral do brasileiro explica muitos resultados das urnas

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A gente se pergunta tantas vezes por que o brasileiro escolhe Fulano de Tal, por que vota mal. Vou dar um exemplo, acontecido agora, que mostra quem somos nós, que brasileiros somos. Na Linha Vermelha, no Rio de Janeiro, capotou um caminhão carregado de refrigerante. Garrafas, engradados, se espalharam pelo chão. Foi tudo saqueado. Em um país civilizado, as pessoas que passassem por ali certamente ajudariam a juntar a carga e deixariam tudo ali, à disposição do proprietário. Mas aqui julgam que a carga jogada no chão não tem mais dono. Por quê? Qual é o caráter dessas pessoas, que também são eleitoras?

Em Patos de Minas (MG), uma menina de 11 anos pediu emprestado o celular do avô. Ele negou. A menina botou fogo no sofá, trancou avô e avó no apartamento e foi andar de patins lá embaixo. Os avós estavam no quarto andar, desesperados, pedindo socorro. Os vizinhos pegaram colchões e os idosos saltaram pela janela, sobre os colchões. O que se passa na cabeça dessa menina? Ela também vai ser uma eleitora também, vai ter critérios para escolher o seu representante na Presidência da República, na prefeitura, no governo estadual, na Câmara, no Senado, na Assembleia Legislativa. Quando será que vamos parar para pensar na hora de escolher alguém? Pensar 100 vezes, em vez de pensar só dez vezes.

Enquanto TSE quer deixar Bolsonaro inelegível de novo, ele segue rodando o país

O TSE marcou para o dia 24 de outubro o julgamento de Jair Bolsonaro sobre o ato de 7 de setembro de 2022, que festejou 200 anos da independência do Brasil. Eu nunca vi um oceano de gente assim na Esplanada dos Ministérios, que é muito ampla. Os ministros estão pensando em condenar Bolsonaro à inelegibilidade mais uma vez. Enquanto isso, ele continua fazendo sua programação dele. Segunda-feira esteve em São Paulo, recebendo multidões. A próxima viagem é para Belém; depois, Goiânia, Minas e Porto Alegre. Ele continua percorrendo o Brasil.

O crime está em alta e até armas do Exército estão sumindo

Os números estão mostrando que o crime cresceu na Bahia e no Rio de Janeiro. E agora houve mais um furto de armas, no arsenal do Exército Brasileiro em Barueri (SP). O arsenal é o lugar onde se consertam e armazenam armas. Diz a imprensa que foram 13 metralhadoras .50 e oito 7.62. Interessantes as bobagens que vi no noticiário, mostrando foto de fuzis FAL e chamando de “metralhadora”. Ou que as armas que estavam no arsenal do Exército são “armas de guerra”. Tem cada uma... E não é a primeira vez que isso acontece. Antes disso, em Caçapava (SP), desviaram sete fuzis FAL, que também têm calibre 7.62. O Comando Militar do Sudeste conseguiu reaver todos eles. Não temos como não lembrar do que fez o capitão Carlos Lamarca, em Quitaúna. Ele levou dez metralhadoras, 63 fuzis e munição, em janeiro de 1969, para abastecer a guerrilha urbana. Acabou morto depois.

De um lado, a defesa da democracia e da paz; do outro, os continuadores de Hitler

Muita gente está acompanhando a guerra no Oriente Médio e falando em “míssil”. Na verdade, o que o Hamas usa, aos milhares, são foguetes, jogados a esmo sobre Israel para matar quem quer que seja. Esse é o objetivo. Israel alega que matou o chefe da inteligência do Hamas em um ataque cirúrgico. Acertam um prédio, mas avisam antes. Esta é uma guerra em que muitos aqui do Brasil estão indo para lá para defender um ideal de liberdade, de democracia, de um mundo civilizado, de um mundo em paz. O outro lado diz que só vai parar quando Israel desaparecer. Igualzinho a Hitler, que queria dar a “solução final” para o “problema judeu” matando todos eles.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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