Outro dia falei da Conae, a Conferência Nacional de Educação que se reuniu por três dias fazendo um anteprojeto de Programa Nacional de Educação – deveria ser programa nacional de ensino, porque educação é com os pais em casa, com a família – que vai valer por 10 anos. Precisará ser submetido ao Congresso Nacional, e muita gente já está se mobilizando para alertar os deputados e senadores sobre o que vai sair dali: uma mistura de Che Guevara com Karl Marx, com Paulo Freire – aliás, diante do Ministério da Educação há um busto dele, que ficou incólume durante todo o governo Bolsonaro –, com LGBT e ideologia de gênero. Fala-se pouco em Matemática, em literatura, em Língua Portuguesa, em Ciências, e se fala muito de ideologia para fazer a cabeça da juventude.
Qual é o resultado disso? Vi no TikTok, nas redes sociais. Alguém foi à rua fazendo perguntas para jovens, crianças e adultos. Qual é o país que ocupa quase metade do território da América do Sul? Adultos não sabiam, crianças não sabiam, houve pai justificando que a filha não era muito boa em geografia, houve um que respondeu “Estados Unidos” e, quando lhe disseram que os EUA ficavam na América do Norte, emendou um “então é África”. Isso está saindo da cabeça de pessoas com 12, com 18, com 45, com 50 anos!
Proibição de celular em escolas é aprovada
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, assinou um decreto proibindo o celular nas escolas municipais. Não pode ser usado nem no intervalo; simplesmente não pode entrar. Uma enquete, certamente feita com os pais, deu um porcentual muito alto a favor da proibição: 83%, contra apenas 6% contrários. Só para lembrar, 77% das escolas nos Estados Unidos proíbem o celular na sala de aula. Um smartphone hoje é um computador, resolve qualquer problema em sala de aula que teria de ser resolvido com o cérebro. Hoje eu vejo as pessoas que atendem no balcão, para fazer 24 menos 3 o sujeito tem de botar na calculadora do celular. Uma vez pedi cinco cafezinhos que custam R$ 4 cada um, a pessoa teve que colocar ali 5 vezes 4.
Ações erradas espalham malária entre os yanomamis
Que terrível é a malária no território yanomami. Eu vi os números: 9,3% quase um em cada dez casos de malária no Brasil, pegando principalmente crianças, segundo os dados do sistema de vigilância epidemiológica da malária. Conversei com uma pessoa que estuda os problemas amazônicos há 60 anos, e ele me disse: “a tal assistência que estão dando lá é dar banho nas crianças com sabonete. O mosquito da dengue, da malária, adora o cheirinho do sabonete”. E mais: os yanomamis precisam descer de suas terras porque a assistência oficial não sobe. O mosquito não gosta das alturas, mas adora os baixios. E lá vai lá o mosquito. “Estão levando comida que eles não comem. Levem mandioca, beiju, banana”, ele acrescentou. Estão fazendo tudo errado.
O incrível caso da vacina que não evita contaminação
Admiro muito o infectologista Francisco Cardoso. Ele fez um levantamento entre os seus pacientes, contando quem teve determinada doença mesmo tendo tomado a vacina contra aquela doença. Os que tomaram a vacina tríplice bacteriana, contra tétano, difteria e coqueluche, não tiveram nenhuma dessas doenças. Entre quem foi vacinado contra a pólio, zero pólio. Nos vacinados contra hepatite B, nenhum caso. Quem tomou a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) não teve nada. Vacinados contra febre amarela, nenhum caso. Pneumococo, 0%. Já os que tomaram a vacina contra a Covid-19... 99% dos pacientes dele pegaram Covid.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos