Em alguns estados a vacinação contra a Covid-19 já começou – somente com a Coronavac. Neste momento somente os grupos prioritários estão sendo imunizados, como, profissionais de saúde, idosos com mais de 75 anos ou com mais de 60 anos e que habitam em lar de idosos e indígenas aldeados.
A outra vacina, também autorizada pela Anvisa, ainda está na Índia. Lembrando que o presidente Bolsonaro foi muito bem recebido pelo primeiro-ministro, Narendra Modi. Na segunda-feira (18), houve negociações para trazer a vacina para o Brasil e à tarde o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou que o imunizante de Oxford chega nos próximos dias.
Inicialmente serão compradas 2 milhões de doses – cada dose custa 5,50 doláres. Como eu disse ontem (17), o valor da Coronavac é o dobro. No entanto, não é questão de custo e sim de desempenho. A primeira tem eficácia de 70%, já a segunda de 50,4%. Mas só o tempo vai decidir qual é a melhor.
A preocupação em relação aos idosos
Há uma preocupação em relação aos idosos brasileiros, porque a Anvisa considerou baixo o número de idosos presentes durante os testes da terceira fase e que receberam de fato o imunizante.
Isso porque 23 idosos morreram, na Noruega, depois de receberem a vacina da Pfizer. Ainda não se sabe se há correlação, mas há indícios de que os efeitos colaterais tenham causado o óbito. A farmacêutica adotou medidas e está colaborando com as investigações.
No momento, o governo norueguês determinou que será preciso aprovação médica para um idoso se imunizar. A tecnologia desta vacina é a de RNA mensageiro, ela entrega à célula o RNA do vírus para que o corpo combata.
Chega de politizar a pandemia
Descobriu-se que os governadores fizeram um apelo a João Doria para que ele começasse a vacinação antes de todos os estados. Aquela demonstração deu um apelo individual ao combate a Covid-19.
Doria respondeu ao pedido afirmando que precisava fazer aquilo porque estava em disputa com Bolsonaro. O que não despertou a simpatia dos demais governadores, pegou mal para ele.
Por sua vez, o governo federal convidou todos os chefes estaduais para o evento oficial de envio dos imunizantes de Guarulhos (SP) para os estados. O único que não estava presente era Dória – ele enviou o vice para o encontro.
O governador de São Paulo afirmou que não tinha clima. Para mim, não ficou claro se o constrangimento era com os governadores ou com o fato de que eles focariam a atenção no ministro da Saúde, Pazuello.
Há consequências desgastantes para quem arrisca fazer marketing político em um momento desses. Da mesma forma que Bolsonaro ficou desgastado depois do atraso na entrega da vacina de Oxford.
Decidiram que haveria uma divisão entre as vacinas É irracional falar o imunizante do Butantan de vacina do Dória, que o tratamento precoce é do Bolsonaro e o do fique em casa é da mídia. Foi muito ruim esse tratamento que demos ao assunto. Esse contágio da política a um assunto muito sério é lamentável.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS