Um alerta, já feito pelo deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que foi secretário de saúde do Rio Grande do Sul por 2 vezes, foi ministro, é médico e entende muito de drogas, precisa ser reforçado. O Supremo Tribunal Federal (STF) pode decidir na quarta-feira (6), liberando maconha. Porta aberta para outras drogas. A maconha é sempre o início.
Osmar Terra lembra que por duas vezes o Congresso já decidiu criminalizar o porte de drogas, seja qual for a quantidade. Em pequena quantidade, inclusive, o porte nem dá cadeia, mas implica em medidas socioeducativas e na prestação de trabalhos pela comunidade. O porte de drogas hoje gera multas como o pagamento de cesta básica e implica na obrigação de frequentar socioeducativas para sair do vício, se for o caso.
Mas agora o caso está lá no Supremo e já são cinco votos a favor das drogas e apenas um contra. Qual é o único voto contrário? Cristiano Zanin, o advogado de Lula. Surpreendeu muita gente na esquerda que ficou se perguntando “Como? Ele não é progressista?”. Parece que ser progressista é cair nas drogas. Incrível, não é mesmo?
Aí eu fui ver por que o Zanin votou contra as drogas e vi que ele tem três filhos e provavelmente vai ter netos. Então, foi pensando nos filhos e netos. Quem tem filhos e netos não vai ficar do lado das drogas. Está 5 a 1, mas vai dar 5 a 2, depois 5 a 3 na votação do STF, por que ainda não votaram os ministros Kássio Nunes Marques e André Mendonça. Mas basta mais um voto a favor e já dá seis, ou seja, mais da metade do Supremo.
Mas tem uma coisa que o deputado Osmar Terra e o senador Eduardo Girão (Novo-CE) lembram sempre: “O poder emana do povo, que o exerce diretamente ou através de seus representantes eleitos”. ELEITOS! Tem alguém no Supremo eleito para representar o Povo? Não! Nenhum dos 11. Agora, tem 81 senadores e 513 deputados eleitos para representar o povo, para fazer leis.
Por duas vezes, deputados e senadores barraram a liberação das drogas. Qualquer porte de droga é crime. Ponto final.
Usurpação da vitória alheia: PIB é do agro, não do governo
Nos últimos dias, o governo vem festejando o Produto Interno Bruto (PIB) de quase 3%. E festejou como se fosse dele, mas não é. O resultado é graças à agropecuária, já que o setor cresceu 15,1%.
A indústria da transformação caiu 1,3%, a indústria da construção caiu 0,5 % . O setor de serviços, em maior parte em razão dos serviços financeiros, registrou 6%. O agro é que manteve o PIB. E mais: a taxa de investimento caiu de 17,8 para 16,5%. A poupança caiu também de 15,8 para 15,4%.
Na próxima safra, não vai ser essa festa. Devido a falta de água no Centro-Oeste, está se esperando uma queda de 17% na atual safra de 2023/2024 de soja, que está começando a colheita agora.
Eu vi o presidente Lula saudar o PIB como se fosse mérito do governo, sem dar um agradecimento ao agro. Nada! Daqui a pouco ele agradece ao MST.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, sempre tão grandiloquente, também comemorou o PIB, sendo que na área dele, a indústria, houve resultado negativo. E não mencionou o agro, assim como o ministro da Fazenda.
Fernando Haddad mencionou apenas o controle da inflação, que ficou dentro da meta, que estava em 6 e ficou em 4,5%. Mas ficou na meta por causa do Banco Central, por causa do presidente Roberto Campos Neto. E o Banco Central não tem nada a ver com o Ministério da Fazenda. Ficou muito mal! Parece aquele passarinho que usa os ovos e o ninho dos outros.
Devemos tudo ao agro. Era grande chance de o presidente Lula fazer uma ode ao agro, ao agricultor que semeia suor e colhe divisas para o Brasil. Colhe alimentos para o Brasil e para o mundo. O Arthur Lira, presidente da Câmara, que conhece a lide da terra, porque o pai dele está tocando a fazenda da família, sabe disso. Lira elogiou o setor, chamando de resultado estupendo do agro. É lamentável que não se dê um nome correto e se preze por uma espécie de usurpação da vitória alheia.
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