Quantos empregos vamos perder para o coronavírus?

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Os prefeitos estão preocupados com o fechamento do comércio e das indústrias. Muitos deles já me ligaram, inclusive o prefeito da minha cidade, dizendo que se espera uma decisão do governo federal porque, desse jeito, os municípios daqui a pouco não terão mais arrecadação nem para saúde, nem para as folhas de pagamento do funcionalismo. A mesma situação está atingindo as empresas de modo geral.

Quando começou essa crise sanitária, nós já tínhamos 12 milhões de desempregados. Quantas pessoas vão ficar sem empregos por consequência do coronavírus?

Reunião do G-20

A reunião, de quinta-feira (26), com chefes de governo de 20 dos países que têm as maiores economias do mundo foi muito importante. Jair Bolsonaro também estava presente.

Esses chefes de Estado se reuniram por teleconferência. Eles soltaram uma decisão conjunta de que o vírus deve ser combatido, mas também é preciso manter a economia aquecida. Manter os empregos, o fluxo comercial e a cadeia de suprimento. Para evitar que haja problemas seríssimos no abastecimento de alimentos porque, se houver falta de comida, o resultado é drástico.

Nenhum chefe de governo falou em adotar medidas de confinamento porque essa é uma decisão que cabe a cada país. Cada país tem as próprias características de clima, faixa etária da população, aglomeração e densidade demográfica.

Bolsonaro disse que o foco do Brasil é a saúde, o emprego e proteger os mais vulneráveis. Falou também sobre usar a cloroquina, que é um remédio contra a malária. Eu já tomei essa medicação em outras épocas em que ele era mais agressivo. É um "veneno", depende da dosagem. A versão atual é menos agressiva, mas não deve ser usada sem prescrição médica e nem por qualquer um.

O governo federal zerou o imposto de importação para 61 componentes desse remédio. Ele poderia diminuir também os impostos de importação de insumos para produção de alimentos, como fertilizantes.

Relato dramático

O ministro do STF Marco Aurélio Mello, ao sentenciar uma liminar, disse que o governo federal é quem tem que administrar os transportes. Para ele, todo mundo tem que se entender porque os transportes de mercadorias e suprimentos não podem parar.

Eu vi um vídeo dramático de um industrial de Santa Catarina mostrando que um prédio dele virou cinzas porque os bombeiros não conseguiram chegar a tempo de apagar o fogo por causa de bloqueios em estradas.

Mortes de idosos

São Paulo continua tendo o maior números de casos e de mortes em decorrência do coronavírus. Mas nada se compara à Itália – lá, 95% dos mortos têm mais de 60 anos.

A faixa etária dos italianos é predominantemente idosa, diferentemente do Brasil, que é um país mais jovem. Nós temos um clima tropical e, por isso, podemos estar mais bem protegidos e, assim, protegendo aqueles que precisam de mais cuidados.

Alexandre Garcia

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