Um dia depois de dizer que é a favor do aborto, o ex-presidente Lula desmentiu essa declaração em entrevista a uma emissora de rádio do Ceará. O nome disso na psiquiatria é mitomania. Lula havia dito claramente que toda a mulheres deveriam poder abortar se não quisessem ter filho.
Por outro lado, ele confirmou uma declaração que incita a violência contra deputados federais. Ele disse em evento na CUT que deveriam se juntar 50 sindicalistas, descobrir o endereço de cada deputado e ir lá na casa de cada um para incomodar a família dele.
Alguns deputados já estão reagindo, dizendo que vão esperar armados. Outros decidiram denunciar o ex-presidente na Justiça, no caso, no Supremo Tribunal Federal.
Vários deputados estão perguntando ao ministro Alexandre de Moraes o que é, afinal, ato antidemocrático. Se for criticar a insegurança das urnas ou da apuração eletrônica dos votos ou se é ameaçar a família de deputados.
O deputado General Girão disse que o escritório dele lá no Rio Grande do Norte foi cercado e pichado. Afirmou que houve uma tentativa de invasão, com ameaça, e que isso já é resultado dessa incitação à violência feita por Lula. E o ex-presidente, que vai ser candidato novamente, disse não ver nada de mal nisso. Parece querer assustar os eleitores.
Agenda de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro estará nesta sexta-feira (8) no Rio Grande do Sul e no Paraná, acompanhado da primeira dama Michelle Bolsonaro. Ele começa por Pelotas, onde vai inaugurar um contorno rodoviário. Depois vai a Bagé visitar uma barragem que resolverá o problema da falta de água no município e inaugurar um hospital de câncer.
Em seguida, ele irá a Passo Fundo, onde inaugura o novo aeroporto da cidade e de lá voa para Londrina, no Paraná, para visitar a ExpoLondrina, uma exposição agropecuária. A previsão é de que passe a noite lá porque no dia seguinte haverá uma missa da qual ele deve participar.
Alguns estranharam o fato de o presidente não levar junto o general Hamilton Mourão, que será candidato ao Senado no Rio Grande do Sul. Só que Mourão é vice-presidente da República e não pode, por questões de segurança institucional, viajar junto com Bolsonaro, pelo menos não no mesmo avião.
Lei da Onça
As Assembleias Legislativas do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul chegaram a um acordo para fazer leis estaduais que possibilitem indenização, com dinheiro do Tesouro estadual, para o pecuarista que perder cabeças de gado por ataques de onça. A lei valerá para criação bovina, equina, muares, suínos, etc.
Os dois estados têm tem uma população de 170 mil onças que precisam ser preservadas. Em geral, quando uma onça começa a matar gado, o fazendeiro logo vai atrás para matá-la. Mas essa indenização visa justamente evitar que onças sejam mortas.
O projeto prevê multa de 100 vezes o valor da indenização para quem tentar fraudar a lei, que busca a preservação da fauna do Pantanal, tão necessária quanto a ocupação do território nacional.
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