![Derrubar vetos do presidente é atentar contra a economia Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre, presidente do Senado, ao lado do presidente da República Jair Bolsonaro.](https://media.gazetadopovo.com.br/2020/02/10212217/49492816228_a20a5be5c4_k-960x540.jpg)
O Morgan Stanley, que é uma importante instituição financeira de investimento e que dá cadastro, nota e avalia países, fez uma declaração muito importante por meio do seu dirigente brasileiro.
Ele disse o seguinte: “nunca estivemos tão confiantes como agora. O Brasil está entrando em um ciclo de crescimento sustentável e prolongado como não víamos há muito tempo”. Eu também não ouvia há muito tempo uma manifestação tão entusiasmada. É bom a gente lembrar que o milagre econômico dos anos 1970 foi feito na base do entusiasmo e do otimismo.
Inflação em queda
O boletim Focus, do Banco Central, está prevendo uma inflação ainda mais baixa para esse ano. Anunciaram que o IPCA de 2020 pode ser de 3,25%. A meta está acima disso, é de 4% neste ano.
A previsão de crescimento do PIB é de 2,3%. Eu acho que ainda é discreta e provavelmente vai ser bem maior do que isso. Além disso, com a redução da dívida pública e da taxa Selic, houve uma economia por parte da União de R$ 69 bilhões no pagamento do serviço da dívida.
O serviço da dívida são os juros e demais despesas que o governo federal paga sobre os créditos tomados de quem aplica dinheiro. Isso significa que quem aplica dinheiro em papéis da dívida pública empresta dinheiro para o governo.
Vetos ao orçamento
O poder Executivo é quem tem a responsabilidade pela arrecadação pública. Mesmo assim o Legislativo, que já manda no orçamento, agora quer derrubar um veto do presidente Jair Bolsonaro que estava engessando, deixando tudo carimbado, e ninguém possa mexer nele. Ou seja, o orçamento fica como decidir o relator da proposta, Domingos Neto (PSD-CE), que é um deputado de 31 anos.
Fica a critério de Domingos Neto, se derrubarem o veto, a liberação de R$ 30 bilhões, sendo R$ 10 bilhões para a Câmara, R$ 5 bilhões para o Senado e R$ 15 bilhões para os ministérios. Por isso os ministros teriam que falar com ele.
Se o Congresso derrubar os vetos do presidente, os parlamentares estarão indo na contramão do otimismo e entusiasmo que está tocando a economia.
Governadores em Brasília
Os governadores vão estar em Brasília nesta terça-feira (11). Vão ter uma reunião no Banco do Brasil, que emprestou o local. Lá, discutirão o preço do combustível. Acabou que o presidente conseguiu agitar os governadores para que o assunto do ICMS seja discutido. Bolsonaro quer ver se ele consegue tornar o preço dos combustíveis mais baixos.
Além disso, eles vão discutir segurança pública que é um assunto que preocupa todos, embora tenha tido uma queda violentíssima de 22% nos homicídios. E vão discutir o fundo do financiamento da educação básica, que é atribuição dos governadores.
Desculpas aceitas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu desculpas por ter generalizado quando disse que todos os funcionários públicos são "parasitas". O que ele quis dizer é que alguns são parasitas. Como os que deixam o piano para que outros funcionários carreguem porque não trabalham e ficam pendurados na estabilidade que têm.
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