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Alexandre Garcia

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Criminalidade

Pivô do caso que descriminalizou maconha no STF está sendo procurado outra vez

Plantas da Cannabis sativa, usada para produzir maconha. (Foto: 7raysmarketing/Pixabay)

O Supremo levou anos com esse caso da maconha – a ação foi protocolada em 2011 e o julgamento começou em 2015. Tratava-se de um caso específico de São Paulo, de um detento, Francisco Benedito de Souza, que tinha sido condenado em 2010, depois de ter sido flagrado com 3 gramas de maconha em 2009. O Supremo discutiu, discutiu, discutiu e o absolveu. Ninguém tinha perguntado, mas o STF também decidiu, paralelamente, que ninguém pode ser preso se estiver portando até 40 gramas de maconha. Desde que não seja o vendedor, claro; tem de ser o consumidor. Mas agora o traficante pode estar vendendo e alegar que é consumidor, e talvez até seja mesmo. Que confusão!

Pois aquele sujeito, que tinha sido flagrado com 3 gramas de maconha, está sendo procurado de novo. Agora está com 64 anos; não tinha nem 50 quando foi preso pela primeira vez. Souza foi condenado em 2022 por furto qualificado, e está sendo procurado para cumprir pena de dois anos e nove meses. Em 2009, quando encontraram a maconhazinha com ele, Souza já tinha condenações por receptação – que é receber produto de crime, receber coisa roubada – e porte de arma ilegal, e também tinha inquéritos por roubo e estelionato. Há dois endereços onde ele está sendo procurado, mas não apareceu ainda. Será que o STF não sabia quem era essa pessoa, quem era o réu que estavam absolvendo, com todos esses antecedentes?

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Registro de entrada de Filipe Martins na Flórida é fraudado, mas ele segue preso

Está todo mundo horrorizado com a história da ficha de entrada de Filipe Martins na Flórida, que se descobriu ser um registro fraudulento. Estava com o número do passaporte errado, e parece que até o nome estava errado; primeiro corrigiram, e depois eliminaram a folha que estava lá. Parece que se preparou uma entrada falsa dele lá. Aí fica fácil fazermos uma comparação: Filipe Martins está para a Flórida assim como Adélio Bispo está para a Câmara dos Deputados, em termos de entrada no recinto.

A boca de Lula faz mais estrago na bolsa que o coronavírus

Lula fez várias declarações fortes, e o dólar bateu R$ 5,70. Alguém lhe disse que ele precisava falar algo para ver se baixava o dólar, porque até então Lula estava dizendo que era culpa de especuladores. Para provar que era a boca presidencial, ele disse “não podemos jogar dinheiro fora” etc. e tal, e o dólar baixou. Fechou a quarta-feira em R$ 5,56, que ainda é uma cotação muito alta.

VEJA TAMBÉM:

A boca de Lula tem mais força que a Covid-19. No primeiro semestre de 2020, no auge daquele pânico forjado, provocado, vergonhoso, cruel contra as pessoas, saiu capital estrangeiro que aplicava na bolsa brasileira, estimulando o mercado secundário – aliás, estimulando o mercado primário com movimento no mercado secundário, ou seja, facilitando a colocação de ações no mercado. Pois agora, no primeiro semestre deste ano, tivemos saída recorde: R$ 40,1 bilhões em capital estrangeiro que estava aplicado na B3. Tudo por causa de incertezas e declarações estapafúrdias.

Lula fala em incentivo ao agro, mas prefeitos gaúchos dizem que dinheiro federal não chegou 

Falando em declarações, agora mesmo Lula diz que tem de incentivar para plantar o máximo possível. Ele não explicou qual é o incentivo, porque não pode ter inflação do chuchu e do tomate. E sabemos que a inflação não é do chuchu nem do tomate; a inflação vem do desequilíbrio das contas públicas, que desvaloriza a moeda corrente. Agora, estão esperando algum posicionamento sobre auxílios para o Rio Grande do Sul, porque os prefeitos que vieram a Brasília dizem que não receberam nem 1% do que o governo federal divulgou. Foi mais propaganda que uma ação de fato.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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