Hoje é dia 11 de setembro e há 18 anos aviões se jogavam contra as torres gêmeas em Nova Iorque e contra o pentágono nos Estados Unidos, iniciando um novo tipo de guerra. Cada um tem a sua lembrança.
Eu fazia uma palestra no centro de convenções em Belo Horizonte quando me entregaram um bilhetinho dizendo que aviões estavam atacando as Torres Gêmeas. Eu não entendi, pensei que fosse alguma promoção do evento para depois fazer algum sorteio.
Depois que me confirmaram, e eu disse: “Sendo verdade, inicia-se um novo tipo de guerra, uma guerra movida pelo terrorismo e que os atacantes são de baixo custo e provocam grande destruição”. E foi o que a gente viu depois.
Depois daquele dia 11 de setembro...
Após aquele dia 11 de setembro, vimos carros atacando e matando muita gente na França, sujeitos entrando em redação de jornal em Paris e metralhando todo mundo e as democracias se reforçando para evitar tudo isso.
Os americanos responderam construindo um memorial embaixo das Torres Gêmeas e subindo um novo prédio: da mesma altura dos anteriores e tão forte que é capaz de resistir a ataques semelhantes.
Lava Jato
Por não conseguir explicar o crescimento do próprio patrimônio, na terça-feira (10) pela manhã a 65º operação da Lava Jato prendeu Marcio Lobão, filho do ex-senador e ex-governador do Edison Lobão, que foi ex-ministro de Lula e Dilma.
Hoje o valor do patrimônio dele é de R$ 44 milhões e cresceu a uma média de R$ 3,5 milhões por ano, entre 2008 e 2011, exatamente o período em que o pai dele foi ministro de Minas e Energia dos governos Lula e Dilma e em que o irmão dele, que era suplente do pai, assumiu cadeira no Senado. O pai e o irmão dele também estão respondendo a investigações da Polícia Federal.
Eu lembro quando Edison Lobão trabalhava no Correio Braziliense e era um repórter pobrinho. Ele era meu colega em Brasília, se vestia muito discretamente e depois que entrou na política o patrimônio dele subiu como um torpedo. Virou um milionário. A política tinha dessas coisas. Espero que esse verbo se mantenha no passado, e que a gente não tenha essas coisas de novo.
No STF
O ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Aroldo Cebraz, e o filho dele, o advogado Tiago, foram isentados de qualquer suspeita em um caso em que a Procuradoria-Geral da União viu tráfico de influência.
O caso foi enviado para o Supremo Tribunal Federal. A segunda turma do Supremo não aceitou a denúncia e isentou os dois por três votos a dois. A justificativa foi que Tiago era advogado da UTC Engenharia e a acusação é de que ele teria recebido propina para traficar influência no caso da Usina de Angra 3 no TCU.
Por fim...
Ontem (10) em Feira de Santana, conversando com o Dilson Barbosa - apresentador do telejornal Bom Dia Feira, que estava fazendo 17 anos -, ele me contou que fora colega de faculdade de Direito na Universidade Católica de Salvador do provável futuro procurador-geral da República Augusto Aras.
Durante os quatro anos de faculdade, os dois iam juntos no mesmo carrinho de Feira de Santana a Salvador para a aula. Barbosa me deu garantias de que a escolha foi excelente. Disse que Aras é uma pessoa discreta, estudiosa, bem centrada e com janelas abertas para todos os lados ideológicos e políticos. Eu já tinha dito que seria uma boa decisão e Barbosa me confirmou.
Eu estou contando isso porque o candidato a procurador-geral Augusto Aras, indicado pelo presidente da República, ontem (10) esteve com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Ele já está preparando o caminho para a sabatina e depois para a votação no plenário. A sabatina vai ser na semana que começa na segunda do dia 23 deste mês.
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