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O deputado e o presidente das Relações Exteriores da Câmara, Eduardo Bolsonaro, postou no Twitter “o governo Jair Bolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo governo Donald Trump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”.
O governo chinês não gostou da publicação, visto que o deputado afirmou que a China tenta espionar o mundo. O porta voz da embaixada da China no Brasil repudiou o comentário do filho do presidente.
Ele ainda disse “instamos essas personalidades a deixar de seguir a retórica da extrema direita norte-americana, cessar as desinformações e calúnias sobre a China”. “Caso contrário, vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil.” ameaçou o porta voz.
Como isso causou um atrito nas relações entre os dois países, o Itamaraty respondeu dizendo que o assunto estava sendo encaminhado para os meios diplomáticos. Afirmou, ainda, que diplomacia não se faz por rede social e que o porta voz foi ofensivo e desrespeitoso.
O artigo 53 da Constituição Brasileira determina que “os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. Mas o costume chinês não é esse.
Como Eduardo é filho do presidente, pressupõe que a opinião dele é compatível com a de Jair Bolsonaro. A China deveria se referir exclusivamente à Câmara dos Deputados já que foi um deputado que fez a afirmação.
A Câmara não se manifestou depois do ocorrido. O único que fez declaração foi o líder da bancada ruralista. Ele criticou Eduardo Bolsonaro porque falas que atrapalharam relações com a China interferem nas exportações dos agropecuaristas.
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