O ministro do STF Alexandre de Moraes relaxou a prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio, mas manteve a prisão do caminhoneiro Zé Trovão e do ex-deputado Roberto Jefferson, que vai se ser submetido a um cateterismo — ele ainda está com uma infecção, mas continua preso, a despeito de pedidos de habeas corpus de deputados.
Eu fico pensando se o presidente Jair Bolsonaro tivesse acrescentado ao discurso dele na ONU: “eu lamento informar que temos presos políticos no Brasil, contrariando a Constituição, em um inquérito que não é o devido processo legal”. Acho que teria uma boa repercussão. Acho que ele não quis aumentar o atrito com o Supremo Tribunal Federal.
O STF parece que não ligou muito para isso, porque o ministro Ricardo Lewandowski confirmou que o governo federal não manda na administração da pandemia da Covid-19. Porque o Ministério da Saúde suspendeu a vacinação de gente com menos de 18 anos, por causa dos riscos. Mas Lewandowski determinou que quem manda no calendário de vacinação são os governadores e prefeitos, e não o governo federal.
Queiroga e o certificado de vacina
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vacinado duas vezes, foi diagnosticado com Covid. Aí eu tenho uma pergunta a fazer para o prefeito do Rio de Janeiro: se alguém está na situação do ministro, que tem um certificado de vacinação, mas está com Covid-19, ele pode entrar em espaços públicos no Rio mesmo assim? Se sim, então qual é o sentido dessa exigência se a vacina não garante imunização completa?
Em tempo, o presidente Bolsonaro, que não foi vacinado, mas já teve Covid, vai ficar isolado nos próximos dias por causa do contato com Queiroga — precisou cancelar a viagem que faria ao Paraná. Bolsonaro conviveu com o ministro durante a estadia em Nova York: os dois comeram pizza juntos na calçada, ficaram no mesmo hotel, viajaram no mesmo avião... Vamos ver o que vai acontecer com ele.
Discurso corajoso
Após o discurso de Bolsonaro, imediatamente a bolsa subiu, o dólar caiu, a OCDE já fez previsões para inflação brasileira de 7,2% e do crescimento do PIB de 5,2 %. A OCDE também falou da inflação da Argentina, que beira os 47% naquele socialismo argentino.
O maior atestado de que o discurso do presidente foi efetivamente forte, de estadista corajoso, que levantou questões como tratamento imediato para uma doença, a questão de preservar empregos combatendo uma doença, é a reação. A reação está sendo, eu diria, furibunda. Pessoal está passando recibo. Se fosse um discurso ruim, bastava mostrar o discurso. Mas o discurso foi muito forte, muito eficaz e calou muita gente. Tanto que nas consultas do Google está em segundo lugar. Põe ONU no buscador e está entrando Bolsonaro em segundo lugar.
Reforma administrativa
Todo mundo quer a reforma administrativa menos o Psol, o PSB, o PDT, o PT, PCdoB, Partido Verde, Rede e Solidariedade. É aquele pessoal que gosta do dinheiro público e acha que o Estado é que tem que reger a vida da gente. É algo que tira a liberdade, porque o Estado tem que estar a serviço da gente, a serviço da nossa liberdade.
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