A eleição presidencial já está começando aqui no Brasil, né? A reta final de uma é o início da outra. Enquanto isso, lá nos Estados Unidos, estão em reta final mesmo: na próxima terça-feira, dia 5, os americanos decidem entre Kamala Harris e Donald Trump. Segundo as pesquisas, estão empatados.
E quarta-feira fez dois anos que Lula ganhou de Jair Bolsonaro no segundo turno, conquistou seu terceiro mandato. Foi apertadíssimo, praticamente um empate: 50,9% a 49,1%. Claramente, em um caso desses, o perdedor pediria a recontagem manual dos votos, mas não é possível. Na Geórgia, uma antiga república soviética, a oposição está pedindo a anulação da primeira eleição feita com urnas eletrônicas, afirmando que ela foi manipulada. Venceu o partido pró-Rússia, pró-Putin, que fez 54% dos votos.
Também nesta quarta, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, foi aprovada uma audiência pública para discutir a questão da contagem dos votos. Na maior parte dos lugares o voto é contado na própria seção, com fiscalização dos partidos políticos, ali na hora. São 200, 300 votos a serem contados, fazem tudo rapidinho, não há lentidão alguma. Colocam no boletim e transmitem. São os tais boletins que Nicolás Maduro não quis mostrar e Lula está exigindo até agora. A Venezuela está quase rompendo com o Brasil por causa disso. Chamou e vai advertir o embaixador, diz que são mentiras grosseiras do governo brasileiro, de Celso Amorim, que é o ministro de facto das Relações Exteriores. Tudo isso em torno de mal-entendidos, jogo de poder.
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Autoridades ainda não descobriram como acabar com a selvageria das torcidas
Falando em jogo, que loucura anda o futebol. Na quarta, em Montevidéu, já estavam jogando pedras nos ônibus da torcida do Botafogo. No mesmo dia, a Justiça decretou a prisão do presidente da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras, e de mais cinco pessoas pelo incêndio no ônibus com a torcida do Cruzeiro. Um incêndio que seria para matar todo mundo, matou um. A violência no futebol é uma coisa incrível, e os clubes não tomam providências. Esses “torcedores” deveriam ser afastados liminarmente – até já fizeram isso, mas não funcionou da primeira vez. É preciso identificar os violentos e não deixá-los entrar nos estádios.
Chuvas produzem catástrofe climática no sul da Espanha
Muita gente fala das mudanças climáticas; parece que o Mar Mediterrâneo esquentou e provocou chuvas mais violentas. O que se viu na cidade de Valência, no sul da Espanha, foi uma loucura. A água da chuva produziu rios na cidade, que foram empilhando carros pelas ruas. Falam em 100 mortos. Uma tragédia muito grande.
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Uma decisão para reduzir nossa dependência do fertilizante importado
Um tema muito importante é a oferta de fertilizante para o nosso agro. Temos condições de produzir e depender menos das importações. Hoje, dependemos da Rússia e do Marrocos, que tem principalmente fosfato. Nós importamos muito fosfato, 75% do que usamos; isso dá 1,5 milhão de toneladas por mês. Mas também temos fosfato por aqui, no Rio Grande do Sul, na Amazônia – só que a ditadura do ambientalismo não deixa explorar. Na quarta-feira se conseguiu uma vitória: a Justiça Federal de primeira instância em Bagé (RS) liberou a exploração de uma mina de fosfato em Lavras do Sul (RS).
Nós temos muita terra, mas a terra precisa de alimento para que depois nos alimente. E a terra originalmente improdutiva se torna fértil graças ao trabalho do agro brasileiro, que nos põe comida à mesa e nos dá divisas para que possamos importar os artigos que consumimos – automóveis, máquinas, mas também remédios.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos