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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Prefeitos do Paraná querem eliminar a próxima eleição municipal

O presidente Bolsonaro foi à divisa entre Mato Grosso e Goiás, no município de Aragarças. Ele desceu do carro, foi carregado nos braços do povo – estava no meio do povo. Parecia Juiz de Fora (MG).

Eu imagino que a segurança deve ter tomado alguma providência especial para que não se repita nenhum daqueles fatos. Bolsonaro não consegue se conter. Aquela proximidade do povo o atrai.

À noite o presidente foi ao jogo da seleção e hoje (6) de manhã está indo para Buenos Aires para um encontro com o presidente Mauricio Macri.

Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, está no Japão. Ele começa os encontros para preparar a reunião do Grupo dos 20. O presidente do Brasil vai ao  Japão no dia 25 de junho – dia que começa a reunião.

MPs

Lá na Câmara houve uma decisão importante sobre tramitação de Medida Provisória. Não alterou o prazo de 120 dias, mas ela perde a validade se não for aprovada na Câmara e o Senado.

O Senado tem reclamado que a MP tem chegado no fim do prazo, lá pelo dia 115 após a divulgação da MP. Agora se estabeleceram prazos para que as diversas etapas nas duas casas sejam obrigatoriamente cumpridas.

Prefeitos do Paraná

Eu encontrei no aeroporto de Brasília um grupo de prefeitos do Paraná que estão se mobilizando para eliminar a próxima eleição municipal. Claro que vão ter que prorrogar os mandatos para mais dois anos. Ao invés de ficar quatro anos, vão ficar seis.

Eles querem fazer todas as eleições juntas: as municipais de prefeito e vereador, e as estaduais e federais que elegem presidente, governadores, senadores e deputados.

Esses prefeitos alegam que cada eleição custa R$ 4 bilhões. Em quatro anos, o estado brasileiro gastaria R$ 8 bilhões. Com tudo junto talvez gastassem R$ 5 bilhões. Assim, haveria economia.

Esse é o argumento que eles usam. Isso já foi feito, já houve prorrogação de mandato anos atrás, depois separaram os pleitos. Então, a cada período de composição de Congresso Nacional se tem uma visão diferente sobre se fazer eleições.

Eu acho mesmo que uma eleição a cada dois anos, de certa forma, paralisa um pouco a vida do país. Fazer todas a cada quatro anos talvez seja melhor. Talvez. Mas argumentos contrários mostrando sobre a renovação e para não ficar em todos os níveis da Federação a mesma decisão, a mesma maioria. É de se pensar.

Sobre os homicídios no Brasil

É uma coisa louca. Em 2017, foram 65,6 mil homicídios. Coloquei na calculadora: é uma média de 180 homicídios por dia em média. E eu estou falando dos homicídios dolosos, não dos culposos do trânsito.

A maior parte é de jovens de até 24 anos, são 35 mil. São eles que estão com armas, que bebem, que usam drogas, que se zangam logo, que tem crises de ciúmes e que brigam em bares. É uma pena porque é uma nova geração que está sendo dizimada.

A gente tem 31 homicídios dolosos por 100 mil habitantes. Essa é uma taxa altíssima no planeta Terra.

A propósito...

Vocês devem ter recebido as imagens de uma escola estadual, em Carapicuíba. As imagens que a gente vê parece de rebelião de presídio, no entanto, é uma bagunça dentro de uma sala de aula. A professora é ameaçada com gritos, alunos jogando livros em cima da professora e quebrando as classes.

Na quarta-feira (5) a Justiça mandou recolher três desses alunos. O Ministério Público está pedindo para recolher dez. Vão para uma instituição de reabilitação. Eu não sei se é possível recuperar porque eu tenho visto – comparando com a minha geração – que quando eu era menino jamais isso poderia acontecer.

Porque a gente tinha disciplina em casa, portanto, tinha disciplina na escola. E vice-versa. A gente respeitava autoridade de pai e mãe, e na escola a gente respeitava a autoridade dos professores. Eram outros tempos. Agora é uma bagunça geral e uma pregação de lascividade: “Deixa fazer, isso não importa”. Como assim não importa? Está aí o resultado.

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