O Brasil parece masoquista, porque a gente vai bem e trata de estragar tudo e o país afunda de novo. As estatais foram recuperadas, o equilíbrio das contas públicas, teve um saneamento geral nas mãos do ex-ministro da Economia Paulo Guedes. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dizia: “Paulo Guedes, eu não entendo nada de economia. Você toca”.
O presidente Lula (PT) não pode dizer isso para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O próprio Haddad diz que só estudou um mês ou dois de economia. Parece que é vontade de estragar o país.
O brasileiro não precisa de inimigos, porque ele é inimigo de si próprio. Houve uma manifestação em Petrolina (PE), em que eleitores de Lula carregavam cartazes dizendo que “Lula foi uma ilusão”, que ele “não cumpriu nada do que prometeu” e que “foi tudo ilusão e mentiras”. As pessoas se iludiram e se enganaram. Enganaram a si próprias, porque havia informação suficiente.
Mas Lula, e o editorial do Estadão de domingo (22), disse isso: “Lula sabe o que está fazendo ao acusar o mercado”. Ele quer transferir a culpa de todo o desequilíbrio, dólar lá em cima, inflação subindo e os custos subindo. A ceia de Natal, segundo a Fecomércio, está custando o dobro em comparação com o ano passado. A dívida pública lá em cima, o que puxa os juros para cima também, e Lula acha que é culpa do mercado.
Os seguidores do petista acham que é culpa do supermercado. Neste sábado (22), em Brasília, houve uma manifestação dentro de um Pão de Açúcar, culpando o supermercado pelos preços. O supermercado apenas aplica o preço no valor da moeda. Agora, quem desvaloriza a moeda é o desequilíbrio das contas públicas, causado pelo excesso de gastos do governo, que provoca mais dívidas e mais juros.
É simples, todo mundo sabe disso. Não é o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o Paulo Guedes, os grandes economistas, o Prêmio Nobel de Economia, a escola austríaca, a escola de Chicago. A realidade que estamos vivendo mostra que não é o supermercado que faz o preço, é o governo que faz o preço ao desvalorizar a moeda.
Mas tem pessoas que querem se enganar. Então, continue se enganando e você não vai ter a picanha, continue se enganando. Vá em busca de sua picanha, mas pare de se enganar. Esse é o nosso dia a dia.
Brasil não aprende com suas tragédias
A queda da ponte no Rio Jacuí há 14 anos não serviu de alerta. Em 2010, uma ponte de mais de 50 anos caiu sobre o Rio Jacuí, o principal rio do Rio Grande do Sul, e não serviu de alerta sobre a necessidade de manutenção das pontes que já têm décadas. Neste domingo (22), caiu o vão central de uma ponte que liga os estados do Tocantins e Maranhão, sobre o Rio Tocantins, na BR-226.
Caiu o vão central com três caminhões em cima, até o momento, uma morte foi confirmada. Caiu de repente, caiu tudo. É uma ponte de 1960, chamada Juscelino Kubitschek de Oliveira. Foi construída no governo Juscelino, antes da inauguração de Brasília.
O concreto precisa de manutenção, precisa de checagem, fiscalização. Será que isso foi feito? Será que a ponte que caiu no Rio Jacuí não serviu de alerta? Que pontes mais estão esperando que caiam? Quantas pessoas vão morrer por causa disso?
Quanto de tráfego será impactado? O tráfego é importantíssimo no país rodoviário, o Brasil não é um país ferroviário, embora tenha 8 milhões e meio de quilômetros quadrados, a nossa burrice estratégica não investiu em ferrovia. Que sirva de mais um alerta, esse já tardio, porque a ponte já caiu sobre o Rio Tocantins, não adianta mais.
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