Presidente passa o feriado de Páscoa em Guarujá, no litoral de São Paulo| Foto: Reprodução/CNN Brasil
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Em 2018, mal a campanha eleitoral tinha começado e se via um deputado do baixo clero, com apenas um celular, sem dinheiro, com pouco tempo no horário eleitoral de rádio e televisão, já sendo temido. Houve uma declaração da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, dizendo que precisava falar com a Rosa Weber, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para suspender ou por trava no WhatsApp.

Estavam reclamando que descobriram um novo tipo de comunicação em que uma pessoa pode gritar para ser ouvida por mais dez, mais cem ou mais mil outras, mas por meio das redes sociais. “Vamos tratar de impedir isso, porque é um poder muito grande que está se dando às pessoas”: em outras palavras, foi isso.

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Agora, estranhamente, o WhatsApp anuncia que um novo tipo de disparo coletivo vai valer para o mundo inteiro mas não para o Brasil antes da eleição. Coincidentemente, gente do WhatsApp esteve com ministros do TSE antes desse anúncio.

TSE e WhatsApp

O presidente Jair Bolsonaro (PL), em uma entrevista que deu ao repórter Renan Fiúza, da CNN, em Guarujá (SP), disse que vai atrás do pessoal do Whatsapp para saber por que o Brasil é tratado diferente.

A decisão do aplicativo implica na suposição de que vai haver mentira. Só que a gente não pode tapar a boca de alguém supondo que ele vai falar mentira. Ninguém pode ser punido antes do crime, na suposição de que vá cometer um crime. O código penal prevê calúnia, injúria, difamação. As leis eleitorais estão punindo disseminação de notícia falsa. Mas não pode supor que a pessoa vá fazer. Então isso está muito estranho.

Parece uma medida parcial, tanto do WhatsApp quanto do TSE, para atingir um lado que já se deu bem em uma campanha eleitoral usando as redes sociais. Isso é o que todo mundo faz, para vender qualquer coisa, inclusive ideias. Teve empresas que quebraram porque demoraram a aderir a esse novo mundo digital.

Bolsonaro diz que Putin estava preocupado com mísseis na Ucrânia

Outro assunto interessante que o presidente Bolsonaro abordou na entrevista foi sobre uma parte da conversa com o presidente russo Vladimir Putin que ele desvendou: Putin estava preocupado com mísseis que poderiam atingir Moscou em poucos minutos, caso fossem instalados na Ucrânia.

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Foi como os americanos, que se preocuparam quando chegaram mísseis soviéticos a Cuba em 1962. É igualzinho, o mesmo caso. Os americanos iam reagir atacando Cuba, e os mísseis acabaram sendo retirados e voltaram para a União Soviética. Lá na Ucrânia, Zelensky reafirmou que entraria na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e, portanto, se armaria contra os russos. Essa é uma grande questão a ser considerada.