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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Copom

Esquerda usa fake news para criticar a alta nos juros

Banco Central aumentou juros para 11,25% ao ano
Copom elevou a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual na reunião de novembro. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Político tem mania de achar que todo mundo é burro, ingênuo. Hoje todos se informam pelo celular, ficam sabendo de tudo. Não existe mais aquele monopólio da informação. Antes, o político tinha certeza de que o povo só estava recebendo determinada informação. Agora as pessoas recebem todas as informações, inclusive alguns absurdos, algumas idiotices. Recebe também mentiras, dessas que dão raiva, que sabemos ser mentira – mas quem sabe que é mentira não vai curtir nem compartilhar. Vejam essa: “o Banco Central é o carrasco do povo que está devendo, porque aumentou em 0,5 ponto percentual a taxa de juros”. Como se isso fosse onerar o pobre. Não, é para evitar o ônus da inflação, que é muito pior. A inflação, sim, cobra do pobre, daquele que não tem dinheiro aplicado.

Nesta quinta um gerente de banco me ligou: “vamos aproveitar que está aumentando o juro e você pode ganhar mais”. Ganha mais em quê? Livrando-se da inflação! Quem tem dinheiro aplicado não paga a inflação, ganha com ela. Quem não tem dinheiro aplicado é que vai sofrer com a inflação. A inflação é um imposto que se cobra do pobre, um imposto sobre os gastos excessivos do governo. O governo está anunciando que vai cortar gastos, mas de que jeito? Depois de ter anunciado com triunfalismo que ia praticamente duplicar o número de ministérios sem criar gastos? Como assim, que milagre é esse?

O Banco Central tem o dever de preservar a moeda e o crédito para evitar que as pessoas percam com a moeda que está no bolso, e para que haja crédito suficiente para bancar o crescimento. Eu lembro de Delfim Netto, que era tratado como guru da economia e dizia que dívida não é para ser paga, é para ser enrolada. Que péssimo exemplo! Imaginem se todos pensassem assim; o que aconteceria com a economia? Acabaria, porque o crédito está baseado na confiança, que só se tem com pagamento.

Temos de dar um desconto para quem está surtado com a vitória de Trump 

Quarta-feira foi dia de passar recibo. Não foi apenas o choro das pessoas desesperadas com o resultado nos Estados Unidos, que se comportaram como criança mimada que é contrariada e se joga no chão, bate a cabeça, bate o pé, joga tudo longe. Muita gente fez isso. Mas houve também quem perdeu na eleição municipal aqui e, depois, perdeu na eleição lá. Não houve nem sequer o mecanismo da compensação. Então, estão compensando por outras coisas. Temos de dar um desconto para as agressões, para os exibicionismos que não sabemos de onde vem. Já disseram até que “o nosso presidente é mais bonito que o Milei”. Eu sei que fica ridículo, mas temos de dar um desconto porque a pessoa está descarregando ali a sua frustração.

Com Trump no poder, vamos finalmente saber tudo sobre as vacinas que nos empurraram? 

Nos Estados Unidos, agora, o bilionário que está no topo, praticamente companheiro do presidente na Casa Branca, é o Elon Musk. Outro bilionário que está embaixo, bem quietinho, é o Bill Gates. Trump escreveu na internet que Gates precisa ser processado pela campanha que ele fez pela vacina, porque agora estão aparecendo as consequências. A discussão sobre a saúde nos Estados Unidos se tornou muito importante; finalmente vão investigar essas doenças que surgiram nas pessoas, inclusive em crianças, para saber a causa. Estão aparecendo estudos que estavam escondidos. A mídia, uma voz única, parece que combinada, proibiu o contraponto. Teria sido saudável darem espaço para quem afirmava “isso que vocês estão dizendo não é bem assim, é assado”, mas não houve isso: meteram na cabeça das pessoas uma única verdade, e agora estão aparecendo as consequências. O pior é que essas consequências são irrecuperáveis: as mortes.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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