Ministro Edson Fachin toma posse como presidente do TSE, em 22 de fevereiro de 2022| Foto: Abdias Pinheiro/SECOM/TSE
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) desistiu de ser candidato ao governo do Amapá. Talvez ele tenha sentido que o futuro não está muito bom por lá. E aceitou um convite feito por Lula para coordenar sua campanha, certamente pensando que, se Lula ganhar, ele vira ministro. E Lula, é claro, está chamando alguém de outro partido para não ficar repetindo o PT.

O ex-presidente já convidou o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que era do PSDB, para ser vice de sua chapa e, agora, chamou um nome da Rede. Marina Silva, fundadora do partido, está sendo sondada pela campanha de Ciro Gomes (PDT), e talvez esta seja uma indicação de que Lula esteja querendo atrapalhar o pedetista. Além disso, chamar nomes de fora do PT pode ser uma estratégia para a campanha do ex-presidente, porque o partido está marcado pelo Mensalão, pela Lava Jato e pelos escândalos consecutivos e frequentes em ações policiais.

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Fachin assume a presidência do TSE

O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o ministro Edson Fachin, que foi o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) e quem teve a iniciativa de livrar Lula dos processos nos quais ele já havia sido condenado.

Numa entrevista publicada pela Jovem Pan, Fachin disse que foi muito marcado por um professor de português de Toledo, que era um fundador do Partido Comunista. A partir daquele período, segundo seu relato, ele passou a defender a reforma agrária, fez pichações e até cometeu alguns crimes. Também já disse que o PT é o partido mais autêntico que existe. Esse é o novo presidente da Justiça Eleitoral.

Fachin será presidente só até dia 17 de agosto. Ele terá que sair do órgão eleitoral por causa do limite de mandato de um ministro do Supremo no TSE, que é de dois anos, podendo ser renovado para mais dois. E quem assume a presidência é o ministro Alexandre de Moraes. O vice será Ricardo Lewandowski, o ministro que presidiu o julgamento da ex-presidente Dilma Rousseff no Senado, quando foi rasgado o parágrafo único do artigo 52 da Constituição ao condenar a presidente sem puni-la.

A ministra Cármen Lúcia também compõe o trio do STF entre os sete da Justiça Eleitoral. Esse é o quadro que vamos ter para a eleição. Juízes do Supremo que tem se manifestado como se advogados fossem. Todos eles são advogados de carreira e, advogado de carreira, é sempre parcial, em defesa de seu cliente. E um juiz tem que ser sempre imparcial, em defesa da lei. Mas eles já se manifestaram várias vezes fazendo pré-julgamento e dando opinião.

Aécio Neves, Paulo Guedes e o agro

Ainda falando sobre justiça, o Ministério Público Federal encaminhou à justiça uma denúncia contra o deputado federal Aécio Neves (PSDB), pedindo a perda do mandato dele e a devolução de R$ 2 milhões que recebeu da empresa JBS. Ele explicou, na época, que era um empréstimo. Só que o frigorífico não faz empréstimo, vende carne. Quem faz empréstimo é banco. O Ministério Público também pede a condenação da irmã, de um primo e de um assessor de Aécio.

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Por outro lado, a ministra Cármen Lúcia no Supremo, mandou arquivar mais uma ação contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, que o acusava de ter favorecido acionistas da Eletrobras ao propor a privatização da companhia. O processo tinha sido movido pelo Psol, pequeno partido, eu tenho dito e repetido, que não tem voto no Plenário e usa o Supremo como braço de atuação.

E para terminar, o agronegócio brasileiro fechou o ano passado contribuindo com 28% do Produto Interno Bruto (PIB). Este ano, apesar do mal tempo, o setor deve fechar com participação de 1/3 do PIB, no mínimo. Há ainda o potencial de que as obras hídricas no nordeste possam, por exemplo, turbinar a produção de frutas. Nesta segunda-feira uma nova obra do canal Sertão Baiano foi iniciada. Ela vai levar água do rio São Francisco para 44 municípios.