Falei com um sertanista veterano e a notícia que ele me deu não é boa. O jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira que estão desaparecidos no Vale do Javari, um território do tamanho de Portugal no Amazonas, e que é povoado por muitas etnias indígenas que não querem saber de contato com ninguém. Ele me disse que eles reagem com violência e não são de conversa.
O sertanista me disse que a única pessoa capaz de entrar lá seria o Sidney Possuelo, que é um grande sertanista brasileiro. Embora a Funai esteja fazendo buscas por lá com 15 pessoas, dois helicópteros militares e quatro embarcações, ninguém sabe o que pode ter acontecido com eles. Tampouco se sabe o que eles queriam fazer lá.
Enfim, só nos resta aguardar o fim das buscas e mais notícias.
Acordo não cumprido
O presidente Jair Bolsonaro revelou, enfim, o que para mim era um mistério: aquele encontro dele com o ex-presidente Michel Temer, no dia 9 de setembro do ano passado, depois de ter feito um discurso duro contra o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre de Moraes no 7 de setembro.
Temer apareceu no Palácio do Planalto com uma espécie de rascunho para uma declaração de paz entre Bolsonaro, Alexandre de Moraes e o Supremo.
Bolsonaro contou no SBT News que foi feito um acordo com Moraes, pelo telefone celular, na presença de Temer, só que o ministro do Supremo não cumpriu a parte dele. Tudo indica que o acordo era o seguinte: Bolsonaro dá um recuo nas críticas ao Supremo e Alexandre de Moraes deixa de perseguir os seguidores de Bolsonaro. Mas o presidente reclamou que não aconteceu isso.
Cala a boca já morreu?
A Segunda Turma do STF confirmou nesta terça-feira (7), por 3 a 2, a cassação do mandato do delegado Francischini, deputado mais votado do Paraná em 2018. A decisão do Supremo equivale a cassar os 427.749 votos de eleitores paranaenses que elegeram Francischini.
Os dois ministros derrotados na votação foram Nunes Marques e André Mendonça, exatamente os que foram indicados por Jair Bolsonaro. Já Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin votaram pela cassação.
Sobrou o seguinte recado: não pode falar mal de urna eletrônica. Isso agora virou pecado mortal. Muito embora a ministra Cármen Lúcia tenha dito seis anos atrás, quando era presidente do Supremo, que "cala a boca já morreu". Mas agora continuam calando a boca.
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