Presidente do STF, Luiz Fux, não gostou da referência bíblica feita por advogado do PTB durante julgamento na Corte.| Foto: Marcos Corrêa/PR
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O julgamento no STF sobre a realização ou não de missas e cultos de forma presencial durante a pandemia de Covid-19 foi interrompido nesta quarta-feira (7). Lembrando que o inciso VI do art 5º, que é uma cláusula pétrea, garante a livre manifestação de crença e culto religioso.

O ministro Gilmar Mendes, obviamente, votou contra a abertura desses locais. Não foi surpresa nenhuma, porque ele já havia indicado esse posicionamento. Religiosos até já começaram movimentos no Senado para pedir o impeachment do ministro por descumprimento da Constituição.

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O advogado-Geral da União, ministro André Mendonça, se manifestou contra o fechamento de igrejas e templos durante a pandemia. Chegou a afirmar que os cristãos estão dispostos a morrer pela religião, em referência ao risco de contágio ao participar de aglomerações em templos religiosos.

Durante o julgamento, um advogado do PTB citou uma passagem bíblica do Novo Testamento para sustentar o seu argumento: Lucas 23, versículo 34, quando Jesus Cristo pregado na cruz  afirma “pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem”. O PTB acompanha a ação na condição de "amigo da Corte".

Para quem não se deu conta, existe um crucifixo fixado na parede principal do plenário do Supremo. Ele fica sobre a cabeça do presidente da Corte, que hoje é Luiz Fux. Aliás, o mesmo ministro que terminou o discurso quando tomou posse na presidência do STF falando em hebraico “Deus seja louvado”.

Embora Fux seja judeu, ele se manifestou contra a citação da bíblia pelo advogado para sustentar um argumento jurídico. Ele disse repugnar a citação pois a fala de Jesus é referente aos “que se omitem diante dos males” e não é isso que o Supremo está fazendo. Pelo jeito, Fux não entende só do Velho Testamento, mas também do Novo.

A votação será retomada nesta quinta-feira (8). Há uma expectativa muito grande em torno do assunto porque parece que os ministros do STF estão divididos nessa questão. O julgamento envolve religião e quando isso acontece a coisa fica séria.

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Porque o direito a ter crença é um direito fundamental previsto na Constituição e só é permitido modificar isso durante o estado de sítio, ou estado de defesa, que é pedido pelo presidente da República e aprovado pelo Congresso e não por meros decretos municipais e estaduais.

Leilão de aeroportos foi um sucesso

O presidente Jair Bolsonaro foi a Chapecó (SC) e viu que o grande centro de acolhimento de Covid-19 está vazio. Em um mês os casos de coronavírus na cidade despencaram. A Secretaria Municipal de Saúde está fazendo um excelente atendimento.

O presidente também esteve em Foz do Iguaçu (PR), onde inaugurou a ampliação da pista do aeroporto. Esse é um dos aeroportos incluídos no leilão desta quarta-feira que foi um sucesso absoluto.

O leilão de 22 aeroportos teve mais de 9.000% de ágio. Estimava-se uma arrecadação de R$ 186 milhões e o valor ficou em R$ 3,3 bilhões. Entre os aeroportos estão o de Curitiba (PR), Manaus (AM), Goiânia (GO), Palmas (TO), Teresina (PI), Navegantes (SC), Joinville (SC), entre outros.

Esse leilão exemplifica a confiança dos investidores no Brasil, porque essa venda vai significar uma malha ainda mais dinâmica do transporte aéreo brasileiro. Agora são 44 aeroportos que estão sob administração privada.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]