Hoje é 11 de setembro, o aniversário do ataque às torres gêmeas nos EUA. Eu me recordo que nesse dia eu fazia uma palestra no centro de convenções, em Belo Horizonte, e alguém me entregou um bilhete dizendo que eu poderia anunciar a tragédia.
Eu pensei que aquilo era parte do evento, um sorteio ou algo que seria anunciado depois da minha palestra e foi nesse tom que eu anunciei. Logo em seguida, mandaram outro bilhete avisando que o ataque era real.
Cheguei a dizer que se aquilo fosse verdade, seria um novo tipo de guerra. Ela seria mais suja que as outras, uma guerra em que minorias iriam atacar indiscriminadamente a população para tentar impor ideias ou medo.
O medo é capaz de controlar as pessoas. Eu vi isso quando Buenos Aires, na Argentina, era atacada por guerrilheiros de extrema-esquerda. Era o medo que fazia as pessoas obedecerem. Mesmo depois de tantos anos, impor medo para dominar é algo que ainda está na moda.
Importação de arroz
A partir de agora o Brasil vai importar arroz da Tailândia. Parece irônico que o mesmo país que exportava o grão para a Venezuela há pouco tempo, agora precise importar esse produto da Ásia.
O preço elevado do dólar estimulou as exportações do produto brasileiro. Como houve queda na oferta interna, o preço aumentou; se nós trocássemos o arroz por macarrão essa situação poderia se inverter.
O brilho de Fux
Luiz Fux assumiu, na quinta-feira (10), a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) pelos próximos dois anos. O presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara e do Senado estavam presentes no ato oficial.
Foi uma cerimônia emocionante. A sessão começou com o hino nacional cantado pelo cantor Fagner e terminou com a apresentação de uma música hebraica e um discurso de Fux em hebraico, pedindo que Deus abençoe a todos.
O ministro tem um currículo incrível e variado. Os pais dele são judeus e vieram para o Brasil como refugiados da Romênia. Fux estudou em uma escola pública e se formou em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, igualmente pública.
Quando era advogado da Shell, ele foi convidado para trabalhar no exterior e o pai dele não permitiu, alegando que Fux precisava ficar aqui para devolver ao Brasil o que ele havia recebido do país de graça. Ele fez doutorado, fez concurso para o Ministério Público e foi promotor em várias comarcas do Rio de Janeiro.
Logo depois, Fux passou no concurso para juiz e assumiu varas em algumas cidades do Rio de Janeiro. Mais tarde, foi desembargador do Tribunal de Justiça do Rio e foi indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para uma vaga como ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Depois dessa trajetória foi indicado por Dilma Rousseff para se tornar ministro do STF. Ele ainda teve tempo de chegar ao sétimo grau de jiu-jitsu e de ser guitarrista e compositor - o mestre de jiu jitsu dele e um parceiro de composição estavam presentes na posse.
Uma curiosidade: a mãe de Luiz Fux está fazendo 91 anos, nesta sexta-feira (11), e na quinta-feira (10) nasceu uma neta do ministro. A esposa dele estava presente na posse também — eles estão casados há 45 anos.
Nós temos alguém experiente. Luiz Fux tem tudo para dar uma luz na presidência do STF. Essa é a nossa esperança.
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