O ministro do STF Gilmar Mendes| Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
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O ministro Ricardo Lewandowski determinou que o juiz plantonista da 10º Vara Federal Criminal do Distrito Federal, Waldemar Cláudio de Carvalho, seja intimado por negar o acesso da defesa do ex-presidente Lula a transcrições de mensagens de autoridades hackeadas.

Essas mensagens são aquelas trocadas entre membros da Lava Jato e obtidas pelo jornal The Intercept Brasil. Os hackers estão presos por invadir o celular de autoridades do judiciário.

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O juiz afirmou que o pedido não “demonstra urgência ou excepcionalidade necessária  a justificar a subtração da análise da questão", portanto, ele enquanto plantonista decidiu não conceder o pedido da defesa de Lula.

Eu acho que outra justificativa para a questão era Carvalho entregar as transcrições somente a pedido de Luiz Fux. Porque, devido ao recesso do STF, o responsável por todos os casos é o presidente da Corte.

No entanto, os ministros do STF decidiram não entrar em recesso neste ano e isso permitiu que Lewandowski pudesse fazer essa intimação, como forma de intimidação. O ministro deve ter percebido que ainda há juízes em Brasília.

Gilmar Mendes acha que é o ombudsman do Brasil

O ministro Gilmar Mendes criticou os atrasos na aplicação da vacina contra o coronavírus aqui no Brasil. Mas, o governo brasileiro comprou vacinas da AstraZeneca e a Fiocruz está aparelhada para produzir os imunizantes em solo nacional.

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Ele publicou no Twitter, domingo (3), "os atrasos e recalcitrâncias na importação das vacinas já passam do tolerável.” Para mim, isso não soou como um juiz intérprete da Constituição e sim um ombudsman do Brasil.

Eu achei estranho, pois nunca vi no Brasil, em outras composições do Supremo, um ministro se manifestar dessa maneira. Eu achei que soou como uma ameaça.

Servidores podem ter sido candidatos laranjas

O Ministério Público estima que mais de 1,6 mil servidores públicos cometeram fraude eleitoral, estelionato e improbidade administrativa - crime punível com demissão. A suspeita é que esses funcionários tiraram licença remunerada durante as eleições de 2020 para concorrer a algum cargo municipal.

No entanto, esses servidores não fizeram campanha, ou seja, podem ser candidatos laranjas. Entre eles, 95 funcionários públicos – em 85 municípios –, tiveram zero voto, nem eles desperdiçaram o voto. Muitos receberam um e dois votos. Alguns servidores afirmam ter aplicados R$ 20 e R$ 100 em suas campanhas.

Irregularidades do Bolsa Família

Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral irá verificar irregularidades nas doações eleitorais vindas de inscritos do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial. Segundo o TSE, a soma dos valores doados por 99,7 mil desses beneficiários chegou a R$ 77,5 milhões.

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Na segunda-feira (4), foi divulgado o calendário do programa. Mas essas 100 mil pessoas terão os dados da Justiça Eleitoral e do Tribunal de Contas cruzados para verificação, todos que apresentarem irregularidades serão retirados do Bolsa Família e podem responder a inquérito.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]