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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

América do Sul

Golpe na Bolívia é história muito mal explicada

Tanque militar em frente à sede do governo da Bolívia, em La Paz, durante tentativa frustrada de golpe. (Foto: EFE/ Luis Gandarillas)

A tentativa de golpe na Bolívia está em todos os noticiários. Queria relatar uma experiência pessoal de uma ocasião em que aconteceu a mesma coisa, só que deu resultado, foi até o fim. Eu estava no Uruguai em junho de 1973, quando o presidente Juan Maria Bordaberry, com o auxílio do comandante do Exército, o general Gregório Álvarez, cercou com tanques e fechou o Congresso, dizendo que não podia governar com aquele Legislativo. A partir dali, governou sem Congresso, para pegar os tupamaros. Foi o chamado “autogolpe”, que deu certo com a ajuda dos militares.

Eu desconfio que o presidente Luís Arce combinou alguma coisa com esse general que agora está preso, e acabou tirando a escada dele. Tudo para chamar a atenção, já que ele estava precisando de popularidade. O general Galtieri, na Argentina, fez isso ao invadir as Malvinas; Nicolás Maduro faz isso na Venezuela, falando em invadir a Guiana, na tentativa de elevar sua popularidade, que está encolhendo, fazendo que o povo se una na defesa do patriotismo. Na Bolívia, a ideia seria fazer o povo se unir em torno de Arce e da democracia. Está todo mundo desconfiado, falando pouco a respeito disso, porque desconfiam de uma combinação entre o presidente e o comandante do Exército.

Lula está cada vez mais irritado com jornalistas que mostram os números da economia 

O presidente Lula reuniu o Conselhão. No outro governo também havia isso: duzentos e tantos conselheiros que vêm à Brasília, recebem diária, recebem passagem, é um dinheirão. E não se decide nada com 200 pessoas dando conselho. Lula acabou chamando de “cretinos” aqueles que mostram números – e eu já vou mostrar alguns – a que desabonam a política econômica do governo. Ele sancionou a Lei da Blusinha, pela qual compras de até US$ 50 no exterior vão pagar 20% de imposto de importação. Você compra R$ 250 em uma blusinha lá da China e vai pagar R$ 50 de imposto federal. Isso que já pagamos R$ 1,1 trilhão em tributos federais até 31 de maio deste ano.

Nunca antes na história desse país se tirou tanto dinheiro do povo em tributos. Acho engraçado ver meus colegas jornalistas aplaudindo quando a arrecadação sobe. Eles devem ser masoquistas, porque eles também estão pagando mais imposto. Quando aumenta a arrecadação, é porque estão tirando mais dinheiro da nação brasileira, do povo brasileiro. Parece que as pessoas não entendem isso, vai ver eu é que sou “cretino” ao mostrar essa verdade.

Não há tráfico sem o comprador de drogas

Falando em verdade, repito outra aqui, o silogismo das 40 gramas de maconha. Quem vende droga pratica um crime hediondo, mas ele só se concretiza se alguém comprar. Do contrário, ele não vendeu; só há venda se houver um comprador, que concretiza uma ação que é crime hediondo. Se esse comprador levar menos de 40 gramas, não comete crime? Ele está financiando o criminoso, permitindo que ele compre armas, fuzis modernos, e mesmo assim não pratica crime? Não faz sentido, é absolutamente ilógico. E repito o que o papa disse: não se diminui a dependência de drogas liberando as drogas. É muito óbvio.

Técnico da seleção de basquete pede demissão em solidariedade a preparador físico pró-vida 

O técnico da seleção brasileira feminina de basquete, José Alves Neto, bicampeão dos Jogos Pan-Americanos, disse que, devido a seus princípios e valores de fé, estava deixando o cargo de treinador em solidariedade com o preparador físico Diego Falcão, que foi desligado porque se declarou a favor da vida de bebês já formados, com mais de cinco meses de gestação, para que não fossem assassinados com uma dolorosa agulhada de cloreto de potássio. Enquanto isso, o Supremo está exigindo que o Conselho Regional de Medicina de São Paulo comprove que não está punindo médicos que assassinam bebês com mais de 22 semanas.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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