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O presidente Lula (PT) e governadores durante reunião sobre a PEC da Segurança| Foto: Ricardo Stuckert / PR

Dos 27 governadores, apenas 13 compareceram à reunião com presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na última quinta-feira (31). Alguns não foram porque nem quiseram discutir o assunto, e outros participaram para discordar da proposta de mudança na Constituição. O plano seria unificar a segurança pública, como se fosse um "SUS da segurança", em que os governadores receberiam instruções diretas do governo federal, o que, segundo eles, invadiria a autonomia dos estados.

Alguns governadores se posicionaram contra isso, como Cláudio Castro (PL), Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) e, principalmente, Ronaldo Caiado (União Brasil), que deu uma verdadeira aula de segurança pública, usando o exemplo de Goiás. Ele chegou a dizer: "Eu não entendo nada de segurança pública do Amazonas, de São Paulo ou do Rio de Janeiro, mas de Goiás eu entendo." E mencionou o entorno de Brasília, que, segundo ele, não está mais sendo um problema para o governador do Distrito Federal.

Congresso não deve aprovar desmilitarização das polícias militares

O que eu queria comentar também é sobre o capítulo de Direitos Humanos do programa do PT. Desmilitarização das PMs, descriminalização das drogas e a soltura de milhares de presos. Imagina só que solução isso daria! Não vai passar. Os governadores já devem estar orientando suas bancadas estaduais para não votar a favor disso. Não tenho a menor dúvida quanto a isso.

Eleições municipais mudaram o discurso sobre a direita

Agora, uma outra questão que eu gostaria de levantar: vocês notaram que, de repente, aquilo que era chamado de extrema-direita sumiu do discurso? Antes, só se falava em extrema-direita. Tínhamos esquerda e extrema-direita. Mas, após a eleição, em que a centro-direita se mostrou maioria — algo em torno de dois terços, no mínimo, do país — parece que houve uma ordem de cima e, agora, só se fala em "direita". A extrema-direita desapareceu. Ainda não consegui entender o que aconteceu, mas isso me deixa receoso. Parece que perdemos a individualidade. Estranho isso.

Alta do dólar pressiona governo federal a cortar gastos

Haddad estava programado para viajar à Europa, com destinos como Paris, Londres, Berlim e Bruxelas. Só que o presidente Lula disse "não". Como é que vai viajar com o dólar disparando desse jeito? Na sexta-feira (1°), o dólar chegou perto de R$ 5. Não sei em quanto está agora, mas o dólar turismo já passou de R$ 6. Quem deve em dólar está desesperado.

Parece que Lula está punindo Haddad, que queria viajar, mas, na verdade, quem não quer cortar os gastos é o próprio Lula. Ele afirma que não há gastos no governo, apenas investimentos. Mas isso é um sofisma. Ele rotula o gasto como "investimento", dizendo que vai render frutos no futuro. Só que enche a administração pública de comissionados, com pessoas que ganham sem concurso, indicadas pelo partido, além das mordomias, aviões e viagens desnecessárias no mundo digital, sem falar da folha de pagamento gigantesca.

Eu sou testemunha disso. Estou em Brasília há quase meio século. Quando o mundo digital chegou, imaginei que o computador substituiria boa parte do pessoal. A cada três pessoas, seria necessária apenas uma. O que aconteceu, porém, foi o oposto: de três pessoas, passou-se para nove. A administração pública cresceu fisicamente, com a construção de anexos em todos os ministérios. Parece que é dinheiro de ninguém, mas é o dinheiro suado do povo, que está pagando juros altíssimos no cartão de crédito, 438% ao ano no rotativo.

Exercício militar na fronteira é recado para Maduro

Para encerrar, quero comentar sobre a crise com a Venezuela. O país emitiu uma nota chamando o Brasil de "mentiroso" e "agressivo". O Brasil, por sua vez, assinou um pedido com os países árabes na ONU para embargar o envio de armas a Israel. No entanto, Israel recentemente enviou mísseis para o Brasil, que serão usados em Roraima para evitar que os blindados de Maduro invadam a Guiana via Roraima.

Além disso, parece que a base aérea de Parnamirim, em Natal, vai voltar aos seus tempos de "trampolim da vitória". Mais de 100 aviões participarão de um exercício militar de defesa, com a participação de Argentina, Paraguai, Peru, Portugal, Estados Unidos, Brasil, Chile, e com os nossos F-5 Mike, AMX e os Gripen F-39. Parece que estamos mandando um recado para Maduro: "Pare com isso."

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