Mais polêmica: o governo está anunciando – ou pelo menos os jornais estão dando – que autorizou a importação de 1 milhão de toneladas de arroz por causa das inundações do Rio Grande do Sul. Mas o presidente da Federação das Associações de Produtores de Arroz, Alexandre Velho, está dizendo que não é preciso importar, que a colheita já foi quase toda terminada, quase 90% da safra já foi colhida e a safra será excepcional, acima de 7 milhões de toneladas. O arroz do Rio Grande do Sul é todo irrigado, é plantado em várzea, adora água; mas já está colhido, e provavelmente está guardado em lugares secos.
Fundo eleitoral para as vítimas da enchente, não para bancar campanha de candidato
O senador Cleitinho (Republicanos-MG) e outros senadores estão propondo que o fundo eleitoral de R$ 5 bilhões seja destinado não para os partidos políticos, mas para os necessitados no Rio Grande do Sul. As pessoas individualmente necessitadas e as comunidades coletivamente necessitadas de estradas, de recomposição de barreiras e, sobretudo, de proteção futura, que é algo em que tenho insistido aqui, porque houve prefeituras que deram habite-se para casas e outras construções em baixios que são alcançados pela água.
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Também é preciso fazer – e acho que essa é competência do governo federal – a dragagem dos rios. Eles acumulam detritos, a calha do rio enche e o rio transborda. Por isso a enchente de agora é meio metro mais alta que a de 1941: não tem nada a ver com aquecimento, isso aí que inventam; é a mesma coisa em 1941 e agora, a diferença é que a calha dos rios, principalmente o Jacuí e o Taquari, mas também o Dos Sinos e o Caí, e até o estuário do Guaíba, está tudo lotado de detritos que a própria água traz. A água está barrenta e está botando terra no leito do rio.
Os poucos prefeitos que o PSol tinha estão pulando do barco
O pessoal do PSol está caindo fora se quiser ser reeleito em outubro. O PSol elegeu cinco prefeitos em 2020; três já mudaram de partido para poder concorrer à reeleição, porque estão vendo que a coisa não vai bem para eles; um vai apoiar outro nome; só o prefeito de Belém segue no partido e vai tentar a reeleição. A esquerda toda na região latino-americana está sendo, enfim, desnudada. Mas em São Paulo, a principal eleição municipal do país, segue forte o candidato Guilherme Boulos.
Aprovação de Lula está em queda e ministros seguem fazendo bobagens
Falando em eleição, as coisas não estão bem aí para o presidente. A última pesquisa Genial Quest está mostrando a pior situação desde que ele assumiu, ou seja, Lula vem em queda. Até no Nordeste a aprovação ao governo ficou abaixo da metade, é de 48%. Em todo o Brasil, 49% dos entrevistados dizem que o país está na direção errada, e 41% dizem que está na direção certa. A avaliação positiva é de apenas um terço dos entrevistados, 33%. Talvez por isso o presidente ande assim meio nervoso a respeito dos acontecimentos.
Ele também pode estar nervoso por causa da atuação dos seus ministros. A ministra da Igualdade Racial, por exemplo, está demonstrando que é a ministra da desigualdade: ela pediu ao Ministério do Desenvolvimento Social que a comida para o Rio Grande do Sul chegasse primeiro aos ciganos, aos quilombolas e aos terreiros. Parece que ela não leu o artigo 5.º da Constituição: todos são iguais, sem distinção de qualquer natureza. E em momento de catástrofe isso vale ainda mais. Não dá para ter preferências: é comida para quem mais precisa e pronto, não importa a condição da pessoa. Tem gente que faz mal, assim como o senador Jorge Seif, que agora está pedindo desculpas por ter ido ao show pornográfico no Rio de Janeiro. Falando nisso, eu fico pensando, havia tanto menor de idade em Copacabana vendo aquilo, onde é que fica o Estatuto da Criança e do Adolescente?
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