O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, está na Itália. Nesta quinta, ele tem encontro com o papa; na quarta, teve encontro com o ministro da Economia da Itália. No caso do ministro italiano e do papa Francisco, ele vai pedir apoio para a ideia de taxar os super-ricos no mundo. Eu não sei quem vai decidir uma cobrança em nível global. Diz Haddad que são 3 mil os taxáveis, e fico pensando: quantos seriam aqui no Brasil, se no mundo todo são 3 mil? Seriam uns 30, ou menos?
Certo é que aqui no Brasil são muito mais de 30 milhões os pobres. Mas por que cobram tanto imposto do pobre? O pobre paga imposto a cada vez que compra. Eu estava vendo o imposto sobre o vestuário, que está no centro dessa discussão sobre a blusinha chinesa chegar com ou sem imposto. Se o pobre, aqui no Brasil, compra uma calça ou uma camisa, 61,5% do preço é imposto, assim como na cerveja que ele toma. Por que cobrar tanto? Até 31 de maio, o brasileiro trabalhou só para pagar impostos ao Estado brasileiro nos seus três níveis, principalmente para sustentar os privilégios daqueles que são mais iguais que os outros, os que têm mais férias, mais aposentadoria, mais salários, mais benesses: aqueles do setor público.
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Querem outra notícia sobre impostos? Na quarta, o presidente da Confederação Nacional da Indústria caiu fora da comitiva oficial brasileira que está visitando a Arábia Saudita e China, quando ficou sabendo de uma medida provisória que vai cobrar mais tributos da indústria, mexendo nas compensações do PIS-Cofins. A indústria já passou o mês de abril com resultado negativo: -0,5% na produção industrial. Mas o governo continua gastando, inclusive com gente que recebe diretamente do governo. Em São Paulo, por exemplo, os empregadores me contam que decidem contratar alguém, pedem a carteira, e o sujeito responde “Não, não quero carteira assinada, porque senão vou perder o benefício. Eu tenho de ir para o governo continuar mostrando que sou desempregado”. E lá vão os pagadores de impostos bancando isso tudo.
Fuga da bolsa de valores é reflexo de desconfiança no governo
Um indicador que mostra confiança naquilo que o governo está fazendo é o investimento em bolsa de valores. Até 31 de maio, saíram R$ 35 bilhões da B3 e o índice caiu 6,36%. Já a bolsa de Buenos Aires, na Argentina, subiu 61%. Será que os investidores estão transferindo dinheiro para a Argentina? É questão de confiança no governo. Para termos uma referência, a Nasdaq, de Nova York, deu 12% de alta só neste ano para aquele que investiu no mercado de capitais, o que chamamos de ações.
Ninguém precisa reinventar a roda para enfrentar catástrofes, basta fazer o que a lei já manda
Quarta-feira foi Dia Mundial do Meio Ambiente e a ministra Marina Silva fez um pronunciamento falando de um “plano de enfrentamento da emergência climática”. Queria que ela explicasse o que é “emergência climática”. Ela falou de aquecimento global, mas há dados aí mostrando que a Terra pode até estar esfriando, aumentando o gelo nos polos. Claro, isso sempre dependeu do Sol, desde que existem Terra e Sol. Tudo isso serve para perder tempo e gastar mais dinheiro dos nossos impostos, porque já existe uma lei de 2012 exigindo planos para minimizar as catástrofes como deslizamentos de morros, enchentes, vendavais. Existe a lei, mas não puseram em prática, tanto que não aconteceu nada. No Rio Grande do Sul não dragaram os rios, não cuidaram das encostas, não cuidaram dos diques, nem da proteção da capital, nem do aeroporto Salgado Filho; deu no que deu.
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