O ministro Fernando Haddad em reunião do “Conselhão”, em junho de 2024.| Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
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Esta semana reúnem-se no Rio ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais dos países integrantes do Grupo dos 20, como preparatória da cúpula de novembro. O ministro Fernando Haddad quer taxar os mais ricos, em nome da justiça social. É gente que usou inteligência, inovação, descoberta, oportunidade e virou bilionária. Criou oportunidades, emprego, atendeu a milhões de consumidores, produziu muito e já paga muito imposto. Jorge Gerdau Johannpeter já pagava muito imposto antes mesmo de produzir a primeira tonelada de aço em suas refinarias. São pessoas que são exemplo para os jovens que sonhem em ter sucesso na vida. Mas a ideologia no governo os trata como maus exemplos que devem ser punidos com mais tributos. Isso é injustiça e não justiça social. E taxação faz mal ao investimento. Capitais buscam lugares amistosos e não punitivos.

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Injustiçados por quê, se enriqueceram sem favores ilícitos, sem pagar propina para autoridades e partidos políticos, se movimentaram a economia, pagaram salários e tributos? Injustiça social é quando o Estado tira a renda de pessoas e empresas que precisam trabalhar o equivalente a cinco meses para cumprir a imposição de tributos, supostamente para prestar serviços que o Estado não presta ou presta mal, como saúde, educação, segurança, justiça, saneamento básico. Isso só é apenas injustiça porque o Estado faz isso baseado em leis. É o que impede de classificar isso como estelionato.

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Também querem taxar mais as heranças e impedir que nossa previdência privada VGBL possa passar para nossos herdeiros indicados no banco diretamente, sem passar por inventário, como foi acordado no dia da aplicação. O Estado brasileiro vive de nossos impostos, mas gastá-los consigo mesmo, em mordomias, privilégios, gratificações, horário de trabalho, férias e aposentadorias maiores que as de quem o sustenta, é pura injustiça social, parecida com a relação entre senhores feudais e os servos.

Injustiça social é o que nos mostra o IBGE. Na população brasileira, os que produzem riqueza, pagam impostos e dão empregos são apenas 21% dos brasileiros – cerca de 43 milhões de empresários, empregados, empreendedores. Os que vivem de bolsa família são 56 milhões (28%); 53 milhões estão abaixo de 18 anos (26%); 39 milhões (19%) são aposentados e pensionistas que já pagaram a previdência; e 12 milhões (6%) são do serviço público, que não cria riqueza e tem a mania de atrapalhar quem cria. Quer dizer, 21% dos brasileiros sustentam quase 80%. É isso justiça social?