Lula e o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco.| Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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Saiu o IPCA, de maio: 0,46%. O importante é pegar os últimos 12 meses para saber quanto está a inflação anual: subiu para 3,93%, e a meta do governo é 3%. O governo está desesperado. Fez essa “MP do fim do mundo” para tirar R$ 29 bilhões dos pagadores de impostos, e sofreu uma derrota acachapante. O presidente do Congresso está devolvendo essa história para o presidente da República.

Foi um erro muito grande do governo. Como diz a nota das confederações da agricultura, do comércio, da indústria, das cooperativas, dos transportes, divulgada em todos os jornais por vários dias, o governo tem de fazer o mínimo de esforço para cortar a despesa, mas não corta e quer cobrar mais. Dizem, também, que o governo mostrou não ter diálogo e demonstrou insegurança jurídica para todos os investidores. Até um empresário que “fez o L” e deu milhões para a campanha de Lula, Rubens Ometto, está criticando.

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Governo podia aproveitar recuo e desistir de importar arroz sem necessidade

Outro recuo do governo foi essa maluquice de importar arroz. Lula botou na cabeça que tem de importar 1 milhão de toneladas de arroz. A primeira experiência, das 263 mil toneladas, foi um escândalo. Por causa disso, caiu o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, porque ele é quem indicou a pessoa que conduziu o leilão. Está na hora de parar com essa história de importação, porque temos arroz para exportar. Vamos gastar um dinheirão com isso e prejudicar ainda mais os arrozeiros gaúchos, que saíram de três secas e caíram numa enchente.

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Toffoli blinda a Odebrecht mais uma vez

O ministro Dias Toffoli, nesta semana, anulou um pedido do Ministério Público, que queria investigar nos bancos de Andorra – aquele principado que fica nos Pireneus, entre a França e a Espanha – se a conta da Odebrecht lá serviu para pagar propina. O ministro alegou que é imprestável a prova que leva a isso. Mais um assunto para o Financial Times, que já fez duas reportagens a respeito da derrubada do combate à corrupção no Brasil feito pela Lava Jato.

A enorme diferença de tratamento entre Adélio Bispo e uma presa do 8 de janeiro

Vejam essas duas histórias. A Polícia Federal acaba de concluir que Adélio Bispo agiu sozinho na hora da facada em Jair Bolsonaro. Claro, mas ele não agiu sozinho na hora de produzir um álibi, botando o nome como se estivesse na Câmara, algum gabinete de deputado está envolvido nisso. E é fácil descobrir, tem de ficar registrado o nome de quem autorizou registro da presença dele na Câmara no dia 6 de setembro; se ele tivesse conseguido fugir de Juiz de Fora, estaria “provado” que ele estava na Câmara. Foi um homônimo? Se foi, onde está ele? Não apareceu. Isso é o que queremos saber até hoje.

Adélio Bispo é inimputável, mas a dona Alice dos Santos, 49 anos, que toma remédios controlados, teve um ataque epilético na prisão. Ela foi presa para não fugir do país como outros haviam fugido, mas a defesa diz que ela estava cumprindo todas as medidas cautelares, trabalhando como chefe de passadeiras de roupa. É avó e foi condenada a 14 anos por tentar derrubar o governo por métodos violentos; Adélio Bispo, a zero anos.

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Ditadura cubana vasculha tudo o que cubanos publicam e pede prisão para quem critica o ditador

Uma moça de 22 anos, Sulmira Martínez, criticou a ditadura cubana, lá em Cuba, e a promotoria está pedindo dez anos de prisão para ela, que já está presa há dois meses. Durante o interrogatório, ela foi levada à televisão para assumir a culpa de ter ofendido o ditador, de ter criticado o governo e de ter pregado um governo democrático em Cuba. Por isso, pode pegar dez anos. Como é que descobriram isso? Porque lá em Cuba existe uma Direção de Análise da Informação do Instituto de Informação e Comunicação Social para ver o que está saindo nas redes sociais. Isso aí nós também temos.