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Brasileiros apelam para “jeitinho” e passam vexame: Itália cancela 1,2 mil passaportes

Bandeiras da Itália e União Europeia. Crédito: Pixabay (Foto: )

Hoje gostaria de começar com uma correção. Eu disse que a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) havia suspenso a instalação de mais de 8 mil radares nas estradas federais. Não é. A ANTT só trata das estradas federais concedidas: são 9 mil km de estradas concedidas e 633 pardais instalados. Eles estão reavaliando, inclusive, pedidos de prefeituras e de outras autoridades.

As demais estradas federais asfaltadas somam 55 mil quilômetros. São para essas rodovias em que se está tratando da suspensão da instalação de mais de 8 mil pardais, a pedido do presidente da República.

Vexame com passaporte italiano 

Quando o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, falou em brasileiro dando vexame no exterior, todo mundo protestou, porque ele é colombiano de nascimento. De certa forma, eu defendi o ministro dizendo que eu mesmo testemunho os vexames que nós damos no exterior. Agora tem mais um:

Cerca de 1.200 brasileiros estão com passaportes comprados na Itália, e que estão sendo cancelados.

São aqueles brasileiros que gostam do jeitinho, é nossa cultura dar um jeitinho, que dizem: “Não vou esperar, não vou entrar na fila do consulado, não vou esperar anos, eu vou ganhar logo meu passaporte italiano, afinal, eu tenho direito porque sou descendente de italiano”.

Essas pessoas pagaram de 4 mil a 7 mil euros, o que dá mais ou menos R$ 30 mil. Agora eles estão passando pelo vexame, e o noticiário italiano está ressaltando que brasileiros andaram comprando passaportes.

Sabe como descobriram? Como tiveram a primeira pista? Para ter passaporte na Itália, você precisa ter uma espécie de CPF – como em Portugal existe o NIF, Número de Identificação Fiscal. E em uma cidadezinha italiana de 4.000 habitantes, pediram 1.200 CPFs. É claro que deu na vista. O governo italiano está, agora, cancelando os passaportes.

Vexame no STF

Outro vexame aconteceu no Supremo. Por iniciativa da OAB, a chamada sociedade civil e também a sociedade eclesiástica – pois a CNBB estava presente – fizeram um manifesto a favor do Supremo.

Eu me lembro de manifestos de quando eu era presidente de Centro Acadêmico, na PUC-RS. Lembro manifestos também de quando eu era menino nos anos 1950, tinha muito manifesto. Então, pelo amor de Deus, né…

O ministro Marco Aurélio foi o único que se insurgiu contra essa história. Ele estava preparado para votar em uma sessão de julgamento e ficou sabendo que tinha uma sessão nobre para receber o manifesto. Tinha muita gente discursando. Parece que voltou o manifesto dos anos 50, dos Centros Acadêmicos. O ministro Marco Aurélio se retirou, e fez muito bem.

A idade chega…

Para terminar o nosso comentário de hoje, eu quero falar sobre o avanço da vida. Segundo dados da ONU, existe um número maior de velhos, como eu, do que criancinhas. No mundo são 705 milhões de pessoas com mais de 65 anos, e 680 milhões de pessoas com menos de quatro anos.

Em 1960, a expectativa de vida global era de 52 anos, e agora está em 72 anos. No Japão, por exemplo, a média de vida é de 84 anos. Os idosos no Japão são 27% da população, e os que têm menos de cinco anos são apenas 3,85%. Por isso, a idade mínima de aposentadoria no Japão é 70 anos.

Quer dizer, cada vez mais no mundo há menos gente para sustentar mais gente. Isso é um problema cada vez maior para os sistemas de saúde e de previdência. Ou seja, o Paulo Guedes não precisa falar tanto porque está na cara. Talvez seja preciso desenhar, mas não vai adiantar para aqueles que foram derrotados, que agora estão apostando tudo para derrotar o país, quebrar o país.

Tem que sair essa Reforma da Previdência. Em qualquer país do mundo há essa preocupação. Aqueles que têm idade ativa têm que sustentar aqueles que já não estão trabalhando, mas é preciso criar ambiente para isso. Eu aposto na capitalização como uma das soluções.

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