O ex-presidente Temer se entregou à Polícia Federal. Ele teve o habeas corpus cancelado por desvio de dinheiro da construção da usina Nuclear de Angra III.
Temer já esteve preso por conta disso no Rio de Janeiro, depois foi liberado por causa de um habeas corpus que foi derrubado pelo Ministério Público e, por isso, houve a ordem de prisão novamente.
Na quarta-feira, a defesa de Temer conseguiu que ele ficasse em São Paulo e não precisasse ir para o Rio de Janeiro. O processo corre no Rio, na 2° Região do Tribunal Regional Federal.
O argumento da Procuradoria para manter Temer preso é que o processo pode ser mais rápido, já que ele estaria atrapalhando as investigações e talvez atrapalhando até as testemunhas.
Sina presidencial
Que sina de presidente do Brasil. Esse é o mais recente presidente do Brasil. A Dilma ainda está cheia de suspeitas de envolvimento na venda de uma refinaria no Texas – que agora foi vendida por um preço equivalente a um terço do original. Ela era presidente do Conselho de Administração da Petrobras que aprovou a venda.
Nós temos ainda Fernando Collor – também com processo. Sobre José Sarney tem muita suspeita e informação, toda hora aparece alguém falando alguma coisa.
Fernando Henrique Cardoso parece que não tem nada que mostre que ele tenha se envolvido com alguma negociata com Paulo Preto, em São Paulo, que era o operador financeiro do PSDB; ou com Aécio Neves e seu envolvimento com a JBS.
Quem se livrou – e se livraria mesmo se estivesse vivo, eu tenho certeza – é Itamar Franco. Sobre ele eu posso testemunhar: foi de uma retidão exemplar.
Eu me lembro de um episódio em que houve uma denúncia contra o ministro chefe do Gabinete Civil dele, Henrique Hargreaves. Itamar tirou Hargreaves para que ele se defendesse. Quando provou inocência, ele voltou. Mas não ficou escondido atrás do poder para responder. Foi uma coisa mineira – no melhor sentido -, de caráter. Coisa rara e emocionante o que aconteceu com Itamar Franco.
Respondeu direitinho
O ministro Marco Aurélio não caiu na conversa do senador baiano Ângelo Coronel (PSD-BA). Eu não sei onde é que o senador estava com a cabeça quando entrou no Supremo contra o corte de gastos no Ministério da Educação ordenado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Marco Aurélio respondeu o seguinte “não houve corte, houve contingenciamento, ou seja, suspensão de pagamento, mas não foram cortados os 30% – e quem faz isso é o Ministro da Educação, não o presidente da República. E por último, o judiciário não tem que se meter em questões administrativas internas de outro Poder”. Absolutamente certo.
Coaf
Engraçado, alguns políticos não querem saber, se arrepiam todo, têm urticária quando se fala que o Coaf – que controla movimentação financeira graúda no país – fique nas mãos de Sérgio Moro. Esses deputados gostariam que fique bem restrito a questões fiscais no Ministério da Economia.
Eles estão brigando por isso e estão brigando também onde é que fica a FUNAI para demarcar terras e reservas indígenas, que já são praticamente o dobro da área com o plantio de alimentos no Brasil. Os indígenas têm 13% e o plantio de alimentos é de 8%, segundo a leitura por satélite.
Eu acho o seguinte: não deixa no Ministério da Agricultura, que pode beneficiar os agricultores; não deixa na FUNAI que pode beneficiar os índios. Deixa no Ministério dos Direitos Humanos. É o que a ministra Damares Alves quer, e é uma coisa tão óbvia. Mas, enfim, têm os interesses.
Decepção
Eu não vi nenhuma comemoração, nem cobertura de comemoração da grande vitória brasileira na Segunda Guerra, vitória compartilhada com os Aliados sobre o nazifascismo na Europa.
Uma pena, porque eu vi os festejos na Rússia, saiu todo mundo – inclusive o Putin – com os cartazes e as fotos daqueles que morreram para expulsar um invasor estrangeiro da Rússia.
Lamento. Isso faz parte da nossa história.
A gente lembra todos os anos que fomos derrotados pelo Uruguai no final da Copa do Mundo, no Maracanã, em 1950. Mas não lembramos que cinco anos antes saímos vitoriosos da Segunda Grande Guerra Mundial.
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