O leilão dos lotes de diamantes e barras de ouro 24 quilates do ex-governador Sérgio Cabral rendeu R$ 4,6 milhões. O maior diamante foi leiloado por R$ 335 mil e o menor por R$ 101 mil.
Os diamantes e o ouro estavam em um cofre na Suíça. A Justiça brasileira foi ao país e conseguiu a repatriação. O valor arrecadado é muito pouco comparado ao que foi desviado. Cabral teria tido vantagem indevida de R$ 4 bilhões.
Crise na Lava Jato
A Lava Jato está na mira do procurador-geral Augusto Aras, que disse em uma live com outros advogados que é preciso resolver os “exageros do lavajatismo”. Eu acho que Aras tem razão. Não pode haver exagero, é preciso ter um equilíbrio. Se houver excessos, o réu pode ir ao STF reclamar, algum ministro pode afirmar que o processo ou delação premiada não valem e a pessoa pode ser solta.
Eu fiquei assustado com a declaração de Aras de que a Lava Jato tem fichas de 38 mil pessoas e que a PGR não tinha conhecimento. Eles acham que viraram uma autarquia investigadora.
Parece os tempos de Chicago do Eliot Ness e os seus intocáveis. Não podemos permitir excessos por partes do Ministério Público e da Polícia Federal, mas é preciso continuar combatendo a corrupção.
Situação precária nas escolas
Muitas escolas privadas estão mantendo os alunos em casa e passando conteúdo por meios digitais. Mas, em geral, alunos do ensino fundamental público não dispõem de internet em casa e ficam sem aula.
Até o ensino superior público está parado. Das 65 universidades federais, somente seis estão tendo aula remotamente. São 950 mil alunos sem aula, mas os professores estão recebendo.
Na quarta-feira (29), os professores saíram para a rua, em São Paulo, em uma carreata, contestando o anúncio do governo do estado de volta as aulas presenciais no dia 8 de setembro.
Eles afirmam que grande parte das escolas não têm ventilação e instalações sanitárias adequadas. Talvez a Covid-19 tenha vindo para mostrar isso. Está cheio de escola caindo aos pedaços. Esse é o momento de rever essas condições.
Os Ministérios da Ciência e Tecnologia, e das Comunicações têm falado muito em trazer conexão as escolas, assim os alunos poderiam estudar em casa. Até o agronegócio brasileiro trabalha usando meios digitais.
Marco Aurélio diz “não”
A Câmara pediu ao STF que não permita busca e apreensão determinado por juízes de primeira instância dentro da Casa legislativa e que seja invalidado o que foi encontrado nos gabinetes dos deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Rejane Dias (PT-PI).
Uma das alegações é de que o pedido foi feito por um juiz de primeira instância e eles têm foro privilegiado. O ministro Marco Aurélio, relator do caso, disse não ao pedido argumentando que as operações se referem a fatos ocorridos antes do mandato.