A reforma da Previdência está se saindo vitoriosa, mais até do que se imagina. A votação na comissão especial foi de 39 a 13. Há esperança de que vá a plenário semana que vem, há esperança também de que seja votada os dois turnos na Câmara, ou seja, liquidada na Câmara antes de começar as férias do Legislativo, no dia 18.
O próprio Rodrigo Maia, que está ajudando a tocar essa reforma, já calcula que há 325 votos, quando são necessários 308. Na Comissão eram necessários 25: conseguiram 39.
Rodrigo Maia foi elogiado pelo presidente Bolsonaro na solenidade de posse do novo ministro negociador do governo, o chefe da Secretaria do Governo, general Luiz Ramos.
Eu fui a essa posse porque eu sou um antigo amigo do ministro. A turma dele, de 1979, da AMAN me adotou nos festejos e nos abraços. Eu estou fazendo essa ressalva porque eu vou falar de um amigo. É melhor que vocês saibam que se trata de um amigo.
O general foi muito feliz no discurso que fez. Sabem por quê? Porque ele trabalhou durante muito tempo no Congresso Nacional. Ele conhece os legisladores e os parlamentares e já foi da assessoria parlamentar do Exército.
Além disso, ele tem uma formação de paraquedista. Mais do que isso: de forças especiais. Trabalhou em Israel e no Haiti. Ele tem uma grande formação, sobretudo de contato com as pessoas. Ramos é afável, cordial e tem muitos amigos.
O general fez um discurso dizendo que alguns amigos falavam que a missão vai ser muito espinhosa. Mas ele disse que não, que esse é um momento histórico em que ele recebe um presente, que é voltar à casa do povo. Palavras dele...
Sentença iminente
O Leo Pinheiro, dono da OAS, mandou uma carta para a Folha de S.Paulo - a propósito de ela publicar aquele produto do crime que a The Intercept está distribuindo. Aquilo parece uma conspiração para aliviar os corruptos.
Foi divulgado que ele foi pressionado a dar colaboração premiada. Na carta diz que ele não foi pressionado, que ele estava livre e não preso, que ninguém o pressionou e que fez afirmações por questões de consciência.
Ele escreveu também: “O que eu disse é verdadeiro, o apartamento nunca esteve a venda porque era de Lula e ele e sua família foram lá para comandar reformas de mais um quarto, mais as reformas na piscina. O apartamento foi parte do pagamento de propina da OAS para o PT por negócios com a Petrobras”. Está muito claro.
A propósito, esse é o terceiro caso de apartamento em que Lula é réu. Ele pode ser sentenciado na semana que vem. Era um apartamento que ficava na frente do dele , em São José dos Campos, que inclui benesses de empreiteiras, assim como o Instituto Lula. O julgamento, provavelmente, sairá na semana que vem.
Amizade de gente grande
No dia 4 de julho, o dia da independência dos Estados Unidos, o presidente Bolsonaro foi à embaixada e levou ministros com ele, reforçando a tradicional amizade com os EUA.
Parece que Brasil e Estados Unidos estão mais perto do que nunca. Talvez estivesse muito perto no tempo da Segunda Guerra Mundial. Mas agora muito perto por causa das relações entre os dois presidentes.
Sempre é bom a gente ser bem amigo de um grande mercado, ainda mais um grande mercado consumidor. E de um país que é rico e, sobretudo, poderoso.