O presidente Jair Bolsonaro agradeceu aos caminhoneiros que não fizeram a tal greve que uma fração deles havia anunciado para começar na última segunda-feira (1º). E disse que nesta sexta-feira (5) de manhã vai promover uma reunião para tratar do interesse dos caminhoneiros e dos motoristas profissionais.
Diz respeito aos impostos federais que incidem sobre os combustíveis, ou seja, Cide, PIS, Cofins e tem mais o ICMS, mas esse é estadual. É um esforço do governo para atender a categoria, como já tem atendido, com imposto zerado para pneu e a retirada de “pardais”, que operava a indústria de multa nas estradas.
Diálogo fluindo
Nesta quinta-feira (4) teve um anúncio que não estávamos acostumados a ver: os presidentes da Câmara e do Senado tomaram café da manhã para decidir em conjunto a pauta do Legislativo. Também ligaram para o ministro da Economia, Paulo Guedes, para ajustar as coisas e depois foram se encontrar com ele. Tomara que seja assim sempre.
Já anunciaram para a próxima terça-feira a instalação da comissão mista do orçamento. Já estamos no 36º dia do ano e não tem orçamento ainda para esse ano, algo incrível. Aí olhamos para trás e vemos o quanto a ambição pessoal fez os antigos presidentes da Câmara e do Senado olharem para o próprio umbigo, e deixaram o país assim, esperando por decisões importantes.
Arthur Lira e Rodrigo Pacheco anunciaram que neste ano sai a reforma tributária, sem briga sobre protagonismo. Se começa na Câmera ou no Senado; a vaidade fica de lado. É o interesse público que está que está diante da gente. Os impostos pesam sobre quem quer criar emprego, quem quer progredir, quem quer abrir empresa ou quem quer ganhar mais dinheiro. E pesam pra sustentar um Estado paquidérmico e aí querem fazer também a reforma administrativa para enxugar esse Estado gigantesco.
Os presidentes do Legislativo estão conversando com Paulo Guedes sobre a possibilidade de um auxílio emergencial que respeite o teto de gastos, endividamento, Lei de Responsabilidade Fiscal. É uma atuação que fazia tempo que não se via de um presidente da Câmara e de um presidente do Senado. Uma atuação exemplar em relação aos interesses nacionais.
Outra vacina chinesa
A senadora Kátia Abreu (PP-TO) organizou um encontro online de 18 senadores com o embaixador da China no Brasil. E ele fez um apelo para que convencessem o governo brasileiro a comprar a vacina do outro laboratório chinês, o Sinopharm.
Eu fico pensando por que será?. É porque a vacina da Sinopharm está sendo mais usada e tem uma eficácia maior que o 50% da Coronavac. E a Coronavac ainda ficou aquela coisa assim que o governador de São Paulo, João Doria, botou muita política, muito marketing e propaganda em cima dessa vacina. Talvez isso esteja incomodando o embaixador chinês.
Enquadrar a Anvisa?
O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), que foi o ministro da Saúde de Michel Temer, criticou publicamente a Anvisa, dizendo que ela está demorando para liberar vacinas contra a Covid-19 e prometeu "enquadrar" a agência.
O diretor e presidente da Anvisa, o médico e almirante Antônio Barra Torres, reagiu: "ou enquadra ou volta atrás e retira o que disse”. Porque nós sabemos que Anvisa é uma agência autônoma e que é responsável pela segurança e eficácia dos medicamentos.
A Anvisa liberou essas vacinas em caráter emergencial, temporário, não é em caráter definitivo e todas elas são experimentais. A Anvisa deixou isso bem claro. Agora ficou uma questão política aí, porque o ex-ministro da Saúde é líder do governo.
São questões que a política nos oferece a cada dia, mas eu reitero o meu entusiasmo com o trabalho, pelo menos inicial — tomara que continue assim —, dos dois novos presidentes da Câmara e do Senado. Um contraste em relação aos anteriores.
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